domingo, 3 de novembro de 2013

Fim da agonia! Santa Cruz está de volta à Série B

Tricolor derrotou o Betim mais uma vez e garantiu o acesso




Dentro de campo, tensão. Tinha muita coisa em jogo, era mais que a classificação, era o fim de uma fase inteira ruim. Enquanto a torcida cantava, os jogadores se doavam nas quatro linhas, mas faltava um melhor toque de bola. Apesar do começo não tão interessante, aos poucos o time coral ia se encontrando dentro de campo, coisa normal de quem já está acostumado a viver sob pressão e reagir durante as partidas.

A partir dos 15 minutos, o jogo foi melhorando para os donos da casa que, regidos pela torcida, como em uma orquestra, iam para o ataque de acordo com a intensidade dos gritos. Vale ressaltar que o Betim não sentia pressão alguma, com uma tática eficiente chegava bem pelos lados do campo e teve as melhores oportunidades no início de partida, na clara intenção de destoar a sinfonia. O intervalo chegou com um jogo pegado e zerado, placar que não combinava com a intensidade dos times dentro de campo.

Reta final

O Santa Cruz demorou a voltar, atraso para a subida dos vestiários, mas aqueles minutinhos a mais foram importantes. O time não mudou a escalação, mas a postura era outra. A vontade de abrir o placar era vista em cada travada, cada passe, cruzamento, chute a gol. A impressão era de que o Santa estava atrás no placar agregado e buscava a recuperação. Nas poucas chances em que o Betim aparecia como 'o time em vantagem', Tiago Cardoso crescia entre as traves para garantir o placar zerado.

Se na volta do intervalo o Santa gastou tempo, dentro de campo a economia é que foi a ordem da vez. Com apenas 12 minutos, André Dias fez explodir de alegria o caldeirão do Arruda. Menos tempo ainda gastou o Betim que depois de sete minutos empatou a partida com Max. Era o reflexo de um jogo duro e que tinha tudo para deixar angustiado o torcedor tricolor. A animação pelo gol virou um silêncio forte, silêncio de quem já passou pelo pior outras vezes e sabia do perigo que aquele placar representava.

A tensão era total, o Betim estava a um gol da classificação, enquanto que para os tricolores bastava a manutenção do placar. Cada bola na área do Santa, era equivalente a 60 mil faltas de ar, coisa de deixar tremendo até os mais experientes. A todo instante o time mineiro apertava o Santa, mas não era o dia dele. Perto do fim da partida viria o gol salvador, Flávio Caça-Rato que entrara no lugar de Siloé, marcou de cabeça. A regra é real, com o Santa Cruz nada é fácil, mas no final venceu a vontade de vencer e acabar com a má fase que já não combinava mais com o tamanho deste clube quase centenário.

Parabéns, Santa Cruz!

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