Quem nunca pensou em desistir de uma prova ou competição por julgar ser incapaz? A história de Katherine Johnstone, uma senhora neozelandesa de 97 anos que se prepara para disputar, a partir do próximo dia 3, o Mundial Masters de esportes aquáticos, no Canadá, ensina que o limite das pessoas vai muito além do que imaginamos.
Katherine nadou durante a juventude, mas a sua carreira de atleta foi interrompida aos 17 anos, quando sofreu um acidente de carro. A vida continuou conforme manda o roteiro: ela se tornou uma enfermeira, casou e teve três filhos. Mas voltou a competir quando chegou aos 74 anos.
A sua relação com a piscina foi retomada quando encontrou com uma amiga da mesma idade treinando para competir. Sentindo-se desafiada, Katherine fez o mesmo. Desde então, a atleta já acumulou nove Top 10 em competições mundiais e alguns recordes neozelandeses no Mundial de 2002. Hoje, Katherine nada em todas as modalidades, exceto borboleta.
Em 2006, ao site do jornal NZ Herald, Katherine contou uma curiosa história sobre sua carreira. Mesmo com a disposição para nadar, o seu médico implorava para que ela não competisse mais, pois ela precisava de uma nova válvula no coração.
"Você vai ter que me dar uma razão muito boa para não nadar", disse ela. "Você pode morrer", retrucou o médico. "Tudo bem, eu não me importo. Que bela maneira de partir seria!", respondeu Katherine. Depois, o médico assumiu que ela era muito ativa para ter o risco de um ataque cardíaco e desistiu de impedir a nadadora. "O mundo é o meu limite", falou Katherine ao NZ Herald naquela ocasião.
Diversas brasileiras também estarão no Mundial, que vai até 10 de agosto. A mais velha delas é Maria Penna, de 75 anos.
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