segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Flu volta à Série B após acesso polêmico em 1999 e revê críticas de rivais

A queda do Fluminense para a Série B do Campeonato Brasileiro - confirmada mesmo após vitória sobre o Bahia neste domingo - reacendeu uma antiga polêmica do futebol nacional. O Tricolor sofre críticas, principalmente de torcedores rivais, por ter aceitado o convite do Clube dos 13 e voltado à elite em 2000 após ser campeão da terceira divisão no ano anterior, sem passar pela segunda divisão. O polêmico acesso direto gerou a expressão "pague a Série B", usada por torcedores de outros times para cobrar uma suposta dívida do clube com a segunda divisão nacional. Os dirigentes do Fluminense da época do episódio recusam o rótulo de 'virada de mesa' ao convite feito pela CBF na ocasião. "As pessoas falam muito que o Fluminense tem que pagar a Série B. O Fluminense nunca se recusou a pagar a Série B. Foi uma situação causada pelo Gama. Não teríamos problemas em disputar a Série B. Não tivemos participação ativa nesse caso, não fugimos da segunda divisão. A gente não tinha opção", defendeu o representante do Fluminense no Clube dos 13 em 1999, Marcelo Penha. O retorno do Fluminense à elite do futebol brasileiro sem passar pela Série B foi causado em grande parte pelo "caso Sandro Hiroshi", que também salvou o Botafogo do rebaixamento decretado em campo naquele ano. Na ocasião, o Alvinegro conseguiu os pontos da goleada de 6 a 1 sofrida para o São Paulo no SJTD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). O clube do Morumbi havia inscrito e utilizado o jogador Sandro Hiroshi de forma irregular. A decisão prejudicou o Gama, que foi rebaixado com as mudanças na tabela. Insatisfeito, o clube do Distrito Federal entrou na Justiça comum e paralisou o campeonato, impedindo a realização da próxima edição pela CBF. Com o vazio deixado, o Clube dos 13 organizou uma nova competição em 2000 e convidou o Fluminense para a elite. "Lógico que sou contra, qualquer pessoa de bom senso é contra tudo aquilo que aconteceu [entrada do Gama na Justiça comum]. Temos que saber reconhecer o erro e evoluir. Tanto é que esse episódio gerou a discussão da qual depois veio o Estatuto do Torcedor. Não tem como ser a favor daquilo que aconteceu e gerou a Copa João Havelange", opinou o procurador do STJD, Paulo Schimitt. Beneficiário direto da confusão instaurada no futebol brasileiro por conta da disputa entre Gama, Botafogo e CBF, o Fluminense aponta os clubes que participaram da discussão como autores daquele episódio. "O problema não teve nada a ver com o Fluminense. Não posso dizer se acho bom ou ruim. Não tínhamos muito como recusar. A CBF não ia organizar o campeonato. Foi um problema envolvendo Gama e Botafogo. Em 2000, fizemos um ótimo campeonato. E nos pontos corridos fomos campeões duas vezes, honrando nossa participação e o convite feito", argumentou o advogado do Fluminense, Mário Bittencourt, que aproveitou para cutucar o Flamengo. "Ninguém fala que a criação da Copa União em 87 liquidou o América, terceiro lugar no campeonato do ano anterior, como clube e nem que o Flamengo tem que pagar a final com o Sport naquele ano, já que deveria ter disputado pelo regulamento", provocou.continua

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