sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Técnicos cobram respeito, mas defendem 'irreverência em campo'

Mano minimiza chute no vácuo de Valdivia, e Kleina cita Romarinho: 'O que vale é o espetáculo', diz o palmeirense
A bandeira pela paz nos estádios foi erguida por corintianos e palmeirenses na manhã desta sexta-feira. Mas, se depender dos técnicos Mano Menezes e Gilson Kleina, tal campanha não deve mudar muito a maneira das equipes atuarem dentro de campo. Muito pelo contrário. Os dois comandantes defenderam a irreverência de alguns prováveis personagens da partida. – Existem jogadores irreverentes, mas existe uma coisa que se chama respeito. Não pode querer inflamar a outra torcida. Você precisa ter o mínimo de respeito com o adversário. Mas tem coisas que fogem do nosso controle, um gol, um lance, uma entrada... A reação é uma maneira de se agir na hora. Mas sempre queremos que exista disciplina e não queremos que ninguém denigra a imagem de ninguém. O que vale mesmo para Valdivia e Romarinho é o espetáculo e o bom futebol. Não podemos engessar esses atletas, eles podem ter uma manifestação desde que seja sadia. Nós pregamos respeito e nada de provocação – disse Kleina. Questionado se o famoso “chute no vácuo” de Valdivia era uma provocação e poderia incitar a violência, Mano Menezes minimizou. – Tenho muito cuidado e um pouco de aversão com campanha. Nós precisamos cuidar para que não tenham distorções pior que os benefícios. O futebol não pode se tornar em algo chato. Se o Valdivia acha que chutar o vento seja um ganho ele tem de fazer. Nós que estamos do outro lado temos de ser capazes de não cair nessa tentativa dele. Não tem sentido fazer um gol e não ir comemorar na sua torcida. Você faz o gol pra quem? Não tem sentido ir para a outra a torcida, que tomou um gol e está brava, a reação pode ser desproporcional. Assim como Kleina, Mano defendeu a manifestação dos atletas dentro de campo desde que não seja algo em tom de provocação. – Não podemos tirar a graça que o futebol sempre teve.

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