sábado, 24 de janeiro de 2015

PM que atirou e matou surfista tem prisão preventiva decretada pela Justiça


Decreto saiu após a divulgação de um laudo, na quinta-feira (22), atestando que o policial havia ingerido bebida alcoólica
Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)


O policial militar Luis Paulo Mota Brentano, 25, que atirou e matou o surfista Ricardo dos Santos, o Ricardinho, deverá continuar preso preventivamente, de acordo com decisão da Justiça de Santa Catarina. O PM, que havia sido preso em flagrante logo após o crime na própria segunda-feira (25) deverá ficar detido até o julgamento ou em caso de uma nova decisão judicial.





(Foto: Divulgação)




O decreto de prisão preventiva saiu após a divulgação de um laudo, na quinta-feira (22), atestando que o policial havia ingerido bebida alcoólica momentos antes de disparar os três tiros contra o surfista - um deles, o atingiu nas costas.


O policial atirou em Ricardinho após uma discussão na porta da casa da família do atleta, na praia Guarda do Embaú, em Florianópolis. Ricardinho passou por quatro cirurgias, mas não resistiu e morreu ontem no Hospital Regional de São José. O corpo foi sepultado na última quarta-feira na cidade de Paulo Lopes. Segundo o IML, os tiros perfuraram baço, pâncreas, fígado e intestino do surfista. A veia cava, de maior fluxo sanguíneo do corpo, também foi atingida.

Versão contraditória
A versão apresentada pela família ao delegado Marcelo Arruda era de que o soldado estava consumindo drogas na frente da casa do surfista. Ricardinho foi repreendê-lo, houve a briga e os disparos.

A outra versão é de que o soldado estacionou o carro em cima de um cano da casa de Ricardinho, que estava com o avô e um tio cuidando de uma reforma. Segundo a defesa do soldado, ele atirou para se defender porque o surfista o ameaçou com um facão quando percebeu onde ele havia estacionado. O advogado Gilson Shelbauer disse ainda que o soldado atirou para "assustar".

O delegado tem dez dias para concluir o inquérito.

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