quarta-feira, 21 de maio de 2014

Insatisfeito, Bahia quer antecipar final do contrato com a Nike e a Netshoes


A parceria entre Bahia, Nike e Netshoes pode ser desfeita em dezembro. Depois de mais uma gafe dos fornecedores, o clube tenta antecipar o fim do contrato
Miro Palma (miro.palma@redebahia.com.br)

Bahia, Nike e Netshoes: uma trinca sem afinidade. E, mais uma vez, clube e fornecedores de material esportivo se encontram em atrito. Isso porque, no último final de semana, conforme o CORREIO antecipou na edição da segunda-feira (19), duas novas camisas começaram a ser vendidas sem o conhecimento da diretoria. 

Os modelos de treino, nas cores azul, preto e branco, não agradaram uma boa parte dos torcedores que, nas redes sociais, questionaram a falta de identificação com o clube por causa da ausência do vermelho. “De fato, não houve aprovação. Por contrato, os modelos são aprovados com 24 meses de antecedência. Nós vamos verificar se essas camisas foram aprovadas pela diretoria passada”, diz Pablo Ramos, diretor de negócios do tricolor.




As camisas números 2 e 3 do Bahia, lançadas neste ano, só serão utilizadas pelo clube caso os parceiros, Nike e Netshoes, aceitem antecipar o fim do contrato para dezembro deste ano. Atualmente, o vínculo vai até dezembro de 2015. Enquanto isso, o Esquadrão segue utilizando as camisas números 1 e 3 da temporada passada. Uma reunião com o fornecedor está marcada para esta semana


Caso a gestão anterior não tenha liberado a comercialização dessas camisas, o Bahia poderá exigir a paralisação das vendas de imediato. De qualquer forma, Pablo promete que o Bahia não irá utilizar o material. “Em hipótese nenhuma isso vai acontecer. Sem chance. Mesmo que a outra gestão tenha autorizado, não iremos receber esses uniformes”. 


A relação entre Bahia, Nike e Netshoes não é das melhores desde setembro do ano passado, mês em que o presidente Fernando Schmidt assumiu o clube. Os fatores para a insatisfação são inúmeros como, por exemplo, a não construção de duas lojas físicas com produtos do tricolor. Fora isso, a falta de exclusividade com as novas camisas também incomoda.

A fornecedora, nas temporadas de 2012 e 2013, já confeccionou uniformes semelhantes ao do Arsenal, da Inglaterra e Freiburg, equipe da Alemanha. Devido a isso, a diretoria tenta a antecipação do fim do contrato atual, que vai até dezembro de 2015. Segundo Pablo Ramos, um acordo verbal entre as partes encaminhou a negociação.



Camisas não agradaram à nova diretoria
(Foto: Divulgação)


"Estamos indo para São Paulo nessa semana para formalizar tudo. Se acontecer, mediante a anuência de todas as partes envolvidas, o contrato será antecipado até dezembro deste ano”. Os pontos fortes do Bahia na negociação são os uniformes tricolor e amarelo (homenagem à Seleção), que só serão utilizados caso o final do contrato seja mesmo antecipado. Apesar de ambos estarem sendo vendidos nas lojas, o clube ainda não entrou em campo com nenhum deles. “É como se fosse uma moeda de troca. Não vamos usar até ter essa anuência”, diz Pablo. 

O rompimento do contrato através de uma briga judicial está praticamente descartado pela diretoria do Bahia. A multa de R$ 2 milhões é o maior problema e, aliado a isso, a falta de ‘provas’ para tal atitude. Mesmo com a insatisfação, o Bahia não tem como romper o vínculo de forma unilateral. De acordo com Pablo Ramos, o Bahia está com estoque suficiente para a disputa do Campeonato Brasileiro.

TREINO

Enquanto isso, no Fazendão, os jogadores do Bahia realizaram um treino tático de olho na partida de amanhã, diante do Flamengo, em Macaé, no Rio de Janeiro. Para a vaga de Uelliton, suspenso, o treinador Marquinhos Santos optou pela entrada do volante Rafael Miranda. 

Em contrapartida, uma dúvida ainda permanece na cabeça do técnico. Hélder e William Barbio estão na disputa por um lugar na equipe. Henrique, ao menos na atividade, ficou na reserva. Hoje, o time treina no CT do Fluminense.

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