Juca Kfouri
O Corinthians entrou em campo em Chapecó sabendo que uma vitória simples lhe daria a liderança do Brasileirão.
E, então, o que se viu?
Uma dessas ofensas que o futebol não merece.
Como você sabe, futebol é o aportuguesamento de football, literalmente, pé na bola.
Pois o que se viu foi só pontapé, nas canelas.
Cinco cartões amarelos nos primeiros 45 minutos e nenhuma, nenhuma chance de gol, mais tempo de bola parada do que rolando.
Em resumo, um horror, uma pelada.
No Independência, Galo e Goiás não apresentaram coisa melhor, embora sem pontapés e também foram incapazes de tirar o zero do placar.
Você acha que nos segundos tempos as coisas melhoraram?
Ledo engano.
Escrevo enquanto os vejo e tanto em Chapecó como em Belo Horizonte estamos com 15 minutos, e tudo continua rigorosamente igual, não apenas, por curioso, no cronômetro.
Trinta minutos sem futebol digno desse nome.
Quando constato que falta mais uma hora, juro, bate uma preguiça…
No que pinta uma chance de gol, uma emoção, tenha certeza, há impedimento. Que coisa!
O consolo estava em ouvir Milton Leite. E por quê?
Porque ao menos eu estava em casa e ele, coitado, no estádio.
Eu podia cochilar, ele não.
Era um tal de “meu Deus”, pra cá, “meu Deus”, pra lá, uma beleeeza.
Houve um cruzamento que ele chamou de cruzameeeeeennnntoooooo…
Aí, acho que tirou uma sonequinha e seguiu narrando sonambulando.
Mas não é que, aos 23, em BH, de fora da área e com direito a desvio, Davi fez 1 a 0 para o Goiás?
Viva!
Gooooooool!!! (Me desculpem os atleticanos).
Mas futebol é bola na rede e o gol em Minas animou Santa Catarina e, aos 32, depois de duas furadas seguidas de um companheiro e de um rival, a bola sobrou para Guerrero e fez 1 a 0.
Viva!
Gooooooooooooollllll!!!!! (E não me desculpem os do Chapecó).
Acredite, pelo saldo de gols, o Corinthians é líder do Brasileirão.
No fim, em SC, Cássio evitou o empate, diante de 15.512 pagantes.
E, em BH, a trave impediu o empate do Galo, perante 6.029 pagantes.
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