Os holandeses são considerados os clientes mais animados e gastadores
Clarissa Pacheco e Monique Lobo (mais@correio24horas.com.br)
O Pelourinho passou o dia de ontem cheio de gente circulando por suas ruas como há muito não se via. Reflexo da Copa do Mundo, que atraiu brasileiros e estrangeiros para Salvador, mas que também levou para a região gente da terra em busca de um cenário diferente. “Esse período está sendo maravilhoso, muito mais do que esperávamos”, comemora Raffaele Alpi, dono do restaurante L’Arcangelo, na Rua das Laranjeiras. Para Alpi, além do lucro nas vendas, uma das maiores conquistas é a revitalização da área. “Tomara que o Pelourinho volte a ser o que era antes”, disse.
Pelourinho lotado no domingo com há muito tempo não se via (Foto: Evandro Veiga)
Jucilene Moura, gerente do Mamabahia, na Rua Portas Carmo, concorda: “nossa expectativa é que tudo isso ajude a revigorar o Pelourinho”. Para o período da Copa do Mundo, o quadro de funcionários do restaurante ganhou reforço de 50%. O fluxo de clientes está 70% superior ao mesmo período no ano passado. “Hoje (ontem), que não tem jogo, já estamos sem mesa. Ontem (sábado) não cabia mais ninguém”, revela.
Clarindo Silva criou drinques para homenageia
holandeses (Foto: Evandro Veiga)
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Salvador e Litoral Norte, Silvio Pessoa, o momento para a gastronomia é especial. “O setor não pode se queixar, é um dos melhores faturamentos dos últimos anos. Com relação a junho do ano passado, é 2,5 a 3 vezes maior”, afirma.
Os holandeses são considerados os clientes mais animados – e gastadores. Para retribuir, Clarindo Silva, dono da Cantina da Lua, criou dois drinques: nederoska e nederinha. As bebidas, com vodka e caipirinha, respectivamente, levam laranja, limão e refrigerante de laranja para dar a coloração típica da torcida. “Tomei a iniciativa de fazer essa bebida para reverenciá-los. Ontem (sábado) isso aqui alaranjou. Faltou espaço para ficar em pé”, conta.
Se depender das turistas chinesas Joy Cheung e Gillian Keung, o movimento no Pelourinho não vai terminar tão cedo. “Chegamos e essa semana e fomos aos jogos da Bélgica e Estados Unidos e Holanda e Costa Rica. Aproveitamos muito”, diz Gillian. O trio americano Vahid, Homa e Razmik também vai levar boas lembranças para casa. “O preço está bom. O estádio é bem organizado e limpo. Nos disseram para não virmos, que era perigoso, mas estamos vendo que aqui é maravilhoso”, comenta Vahid, antes de brindar com os amigos com caipirinhas.
As ruas estreias e as casas pequenas, com clima de vilarejo, do Pelourinho cativaram a francesa Chloé. “As ruas lembram uma cidade menor e é muito bonito”, avalia. E não é só de estrangeiros que vive o Pelourinho. Mesmo sem jogo, muitos turistas brasileiros aproveitaram para passear pela região ontem.
As chinesas Gillian Keung e Joy Cheung aprovaramo Pelô (Foto: Evandro Veiga)
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