sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
E ai rapaz, e se Marcelo Guimarães Filho voltar?
Todo mundo que gosta ou está envolvido de alguma forma com o futebol, seja ele jovem ou não tão jovem, mas sendo torcedor do Bahia, até mesmo sendo torcedor de outros clubes, sabem, vivenciaram e alguns até sofreram represálias na luta que vem sendo travada, já por alguns anos para que a torcida tricolor saia do cativeiro, sem voz e sem participação, onde foi submetida por uma família de baixíssima reputação, sendo que o patriarca até esteve envolvido, e por isto preso, por questões que neste instante não importam ao futebol.
Finalmente, o dia chegou, ações na justiça apontaram as conhecidas irregularidades, uma intervenção foi decretada, o clube passou por um pequeno período de ajuste, os sócios foram recadastrados, uma nova campanha neste mesmo sentido foi desenvolvida, o conselho destituído, eleições livres, limpas e democráticas foram marcadas e em uma festa, com expressiva participação da torcida tricolor, Fernando Schmidt foi eleito o novo presidente do Bahia, momento em que se abriram novas perspectivas, desvendando novos horizontes, agora com o torcedor do Bahia, repito, que é a essência e própria razão da existência do clube, tendo voz ativa e, como tal, inserida no contexto das decisões do clube, fato que era negado pelos manda-chuvas do ontem que comandavam o Bahia, como fossem, além de dirigentes, também proprietários.
Estaria tudo certo, se não houvesse riscos e perigos da assombração voltar para tirar o sono do torcedor do Bahia. Pelo menos, nos últimos dias observamos com atenção e certa apreensão que ações na justiça (legítimas) , do deposto engomado, estão sendo impetradas visando voltar ao clube, em uma ameaça de jogar por terratudo aquilo até então conquistado, em um autêntico mergulho de cabeça em um passado de atraso, em quase uma vigarice com amparo legal.
Nos méritos desta questão não me meto, são de caráter judicial, uma esfera em que não tenho domínio, graças a Jeová, no entanto, se meu desconhecimento de méritos e legitimidade no âmbito judicial é notório, afianço o meu completo domínio no quesito VERGONHA NA CARA e, talvez por isto, ainda que tente, sou incapaz de me aperceber, quais e quantos são os motivos que levam ao Marcelo Guimarães Filho, um sujeito profundamente desgastado quase na totalidade da Bahia, para ainda insistir em arrombar uma porta e sentar em uma cadeira que, moralmente, jamais lhe pertenceu.
Fica uma pergunta inquietante. Admitindo sucesso nos seus pleitos e que volte à presidência do Bahia, como ficará o torcedor do Bahia? Qual será a sua reação, e o pior, como conviver sob a tutela e o comando de um dirigente que acabámos de comemorar sua retirada em uma medida, que entre outras utilidades, serviu para desinfetar o clube e devolver aos seus torcedores?
Se o intuito de Marcelo Guimarães é o exercício nível dez da cara de pau, aceito-lo de volta é admitir, sem qualquer margem de erro, que temos a cabeça, tronco e membros de madeira de lei, logo bem pior que ele.
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