Ceni supera Pelé, mas SP só empata com Botafogo, que não vai ao G-4

A noite era mais uma vez de Rogério Ceni, mas assim como na última quarta-feira, terminou em tropeço do São Paulo A noite era mais uma vez de Rogério Ceni, mas assim como na última quarta-feira, terminou em tropeço do São Paulo. Desta vez, foi o Botafogo que se aproveitou: o clube carioca arrancou o empate por 1 a 1 no Morumbi e poderia até ter conseguido a virada. O resultado evita com que o time do técnico Oswaldo de Oliveira se afaste do grupo de classificação à Copa Libertadores, mas não garantiu a vaga entre os quatro primeiros. Rogério Ceni superou Pelé. O goleiro são-paulino chegou a 1117 jogos pelo São Paulo e se tornou o jogador que mais vezes atuou por um mesmo clube no Brasil. O Rei detinha a marca de 1116, igualada pelo capitão são-paulino na última quarta-feira, na derrota por 3 a 1 para a Ponte Preta. Não fosse Ceni, o São Paulo poderia ter saído derrotado mais uma vez do Morumbi neste domingo. O primeiro fato do jogo foi o gol tricolor, logo nos primeiros minutos da partida. Douglas cobrou falta e a jogada ensaiada de Muricy Ramalho funcionou. Rodrigo Caio desviou na cabeça de área e Aloísio completou de canela para o gol. Na comemoração, o Boi Bandido aplicou a já tradicional voadora em uma das bandeirinhas de escanteio. A arbitragem atrapalhou muito a partida. No primeiro tempo, marcou inúmeras faltas desnecessárias. O jogo, que já era lento debaixo de muita chuva, travou em meio a tantas pausas impostas pelo apito. Elias foi o autor do gol de empate, do Botafogo. Em bola alçada na área são-paulina, Denilson perdeu a marcação de Rafael Marques, que cabeceou para a pequena área, onde o companheiro completou para o gol. Foi a partir daí que Ceni começou a trabalhar bem. Foram diversas defesas complicadas do goleiro de 40 anos, que antes da partida festejou o recorde – ele jogou com a camisa 10 e ganhou do presidente Juvenal Juvêncio um troféu pela marca alcançada. Na segunda etapa, o meia Paulo Henrique Ganso quase marcou um dos gols que poderia concorrer como o mais bonito do Brasileirão. Mas a bola não entrou. O camisa 8 do São Paulo partiu da entrada da área em jogada individual. Lentamente e controlando a bola com o pé esquerdo, foi tirando dos marcadores e deixou dois botafoguenses no chão. Passou a bola por debaixo das pernas de um deles ao chegar perto da linha de fundo e tocou por cima de Jefferson, que estava perdido no lance. A marcação adversária, no entanto, conseguiu impedir que a bola cruzasse a linha do gol, quando Ganso já se preparava para comemorar. O empate não muda em nada a situação do São Paulo. O time de Muricy Ramalho já não briga pela classificação à Libertadores, nem contra o rebaixamento. O Botafogo, porém, arranca um ponto na luta pelo G-4, mas perde a chance de somar três contra um clube que já não dá atenção ao Brasileirão. FICHA TÉCNICA SÃO PAULO 1 X 1 BOTAFOGO Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP) Data: 24 de novembro de 2013, domingo Horário: 19h30 (de Brasília) Árbitro: Paulo Godoy Bezerra (SC) Assistentes: Fábio Pereira (Fifa-TO) e Nadine Bastos (SC) Cartões amarelos: Paulo Miranda (São Paulo) / Edilson e Hiury (Botafogo) Gols: Aloísio (São Paulo) / Elias (Botafogo) SÃO PAULO: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rodrigo Caio, Antônio Carlos e Reinaldo; Denilson, Maicon (Wellington), Douglas (Osvaldo), Ganso e Ademilson; Aloísio (Luis Fabiano). Técnico: Muricy Ramalho BOTAFOGO: Jefferson, Edilson, Dankler, Dória e Julio Cesar; Gabriel, Renato (Marcelo Mattos), Seedorf, Hiury (Lodeiro) e Rafael Marques; Elias (Bruno Mendes). Técnico: Oswaldo de Oliveira