quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Flamengo e Atlético-PR começam a decidir a Copa do Brasil
RIO - Às 21h50m desta quarta-feira, o Flamengo entrará em campo para disputar mais um título de sua história. Contra o Atlético-PR, no Durival de Britto, em Curitiba, uma nova geração de jogadores poderá começar a marcar seu nome na galeria de campeões do rubro-negro. Apesar de não carregar a braçadeira de capitão, Elias é o líder técnico do atual elenco. Autor de gols importantes nas oitavas de final, contra o Cruzeiro, e na semifinal, contra o Goiás, o volante vê na decisão da Copa do Brasil uma oportunidade de — em linhas tortas — realizar um sonho de criança.
— O sonho era disputar um título pela seleção. Nunca imaginei que eu jogaria no Flamengo, mas, já que pela seleção não vai ser possível, esse titulo no Maracanã, pelo Flamengo, a maior torcida do Brasil, será muito importante para a minha carreira e vai substituir aquele sonho de ser campeão pela seleção — contou ao GLOBO Elias, que, apesar da boa temporada, não teve oportunidades com Felipão na seleção brasileira.
Com a rotina dedicada ao Flamengo, desde que chegou à Gávea na atual temporada, o rubro-negro entra aos poucos na vida do corintiano Elias. Há dez dias, quando foi poupado da partida contra o Goiás, finalmente conheceu Zico, que o agradeceu pela fase do time na Copa do Brasil. Com um bom fã, Elias pediu e posou para uma foto ao lado do craque.
— Vejo imagens do Zico levantando a taça do Mundial, aquela de bolinhas, com o Júnior no Maracanã. O título marca a carreira do jogador, você entra na história de um clube, e foi isso que sonhei quando cheguei aqui no Flamengo — destacou o volante.
Esta não é a primeira vez em que Elias chega a uma final da Copa do Brasil. Em 2009, foi campeão com o Corinthians, no time que tinha ainda Felipe, Chicão e André Santos, atuais companheiros de Flamengo. Desses, apenas o goleiro é dúvida para a final. Recuperado de uma artroscopia no joelho esquerdo, já está apto para jogar. Se não atuar, Paulo Victor seguirá no time.
Quando conquistou a Copa do Brasil, Elias teve como treinador Mano Menezes. Este ano, voltou a ser comandado pelo ex-técnico da seleção, mas a dupla foi desfeita em três meses. Justamente após uma derrota para o Atlético-PR, rival de hoje, Mano pediu as contas, dizendo que não havia conseguido passar o que entende de futebol ao grupo.
— Respeito a opinião dele. Ele foi homem suficiente para assumir que não estava conseguindo realizar um bom trabalho. Ele, que é um treinador de excelente nível, queria um trabalho excelente e não estava conseguindo isso — justificou o jogador.
Trazido por empréstimo até o fim do ano junto ao Sporting, de Lisboa, sua contratação em definitivo é prioridade rubro-negra. Ao comentar o alto preço dos ingressos no segundo jogo da decisão, no Maracanã, o presidente Eduardo Bandeira de Mello lembrou que o clube precisa de dinheiro para adquirir os direitos federativos de Elias. Apesar de destacar que a definição só acontecerá no fim do Brasileiro, o volante não esconde o desejo de ficar.
— Penso nisso a cada dia, é claro. As pessoas ligadas a mim e ao Flamengo estão conversando sobre a proposta para eu permanecer aqui, mas não posso dar certeza, porque não depende só de mim — afirmou.
Jayme pode usar 3-5-2, com Samir
Se Elias está acostumado a atuar ao lado de Luiz Antônio no meio-campo, a parceria pode ser desfeita. Ontem, durante treino fechado em Porto Alegre, onde a delegação rubro-negra estava antes de desembarcar à tarde em Curitiba, Jayme deu indicações de que pode adotar uma nova escalação. Na atividade, tirou Luiz Antônio e atuou com o zagueiro Samir pela esquerda. Com a mudança, Léo Moura e André Santos passam a ser alas. O objetivo é brecar os avanços de Marcelo, que costuma atacar em velocidade pelo lado direito.
Dono da faixa de capitão, Léo Moura não teme o clima hostil que deve encontrar no Durival de Britto, que terá 17 mil torcedores, dos quais apenas 1,5 mil serão do Flamengo. O jogador lembrou que o grupo suportou bem a pressão contra o Goiás, no Serra Dourada.
— Nessas horas, tem que passar por cima dessas dificuldades — afirmou Léo Moura.
O lateral descartou que haja desentendimento entre jogadores e direção em relação à premiação pelo título, que seria de R$ 1 milhão. Segundo o jornal “Extra”, o prêmio seria considerado pequeno pelos atletas.
— Ser campeão pelo Flamengo vale mais que qualquer dinheiro ou premiação — disse.
Hoje, às 14h, o site do Flamengo começará a vender ingressos para o segundo jogo da final para quem não é sócio-torcedor.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/esportes/campeonato-brasileiro-2013/flamengo-atletico-pr-comecam-decidir-copa-do-brasil-10827150#ixzz2lDgkKxgh
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