sábado, 22 de março de 2014

BOTA EMPATA DIANTE DE 308 PAGANTES E PODE TER A PIOR CAMPANHA NA HISTÓRIA

Em Moça Bonita, Alvinegro fica no 1 a 1 com o Nova Iguaçu e corre risco de terminar estadual com sua pior colocação. Zeballos marca mais um gol A campanha do Botafogo no Campeonato Carioca terminou da mesma forma que começou: com o time A poupado para a Libertadores, o time B em campo, um empate e nova frustração da torcida. Na tarde deste sábado, em Moça Bonita, o Alvinegro não passou de um empate por 1 a 1 com o Nova Iguaçu e, com 17 pontos e na oitava posição, corre sério risco de terminar com sua pior campanha nos 108 anos de história do estadual - o posto mais baixo ocupado desde então foi o oitavo lugar em 1923 e 1985. Cinco equipes que jogam neste domingo podem ultrapassar o Glorioso. Uma vitória poderia ter evitado o vexame, mas o gol marcado por Zeballos de pênalti só impediu uma tragédia maior que seria a derrota após Dieguinho abrir o placar. Para completar o cenário, a partida registrou o pior público dos grandes na competição: foram 308 pagantes (446 presentes), com renda de R$ 5.900,00. á o Nova Iguaçu viveu situação inversa. O empate levou a equipe para 19 pontos e ao sétimo lugar na classificação, sua melhor colocação na primeira divisão do Rio de Janeiro. Para o Bota, o único motivo para uma alegria moderada ficou por conta de Zeballos. Contratado para a fase final da Libertadores, o meia-atacante paraguaio disputou as rodadas finais do estadual como um vestibular. Passou, embora sem louvor. Foram três partidas apenas, nenhuma grande atuação, mas não faltou disposição. Neste sábado, jogou como um falso centroavante, arriscou jogadas agudas e passes de calcanhar, chutes de fora da área e marcou seu segundo gol pelo clube, ambos de pênalti. O Botafogo agora só tem a Libertadores pela frente. O time joga só no dia 2 de abril contra o Unión Española, do Chile, no Maracanã. Em caso de triunfo, o Alvinegro garante não só a classificação às oitavas de final como o primeiro lugar do Grupo 2 do torneio. Na Copa do Brasil, o Glorioso vai entrar só no segundo semestre, direto nas oitavas de final.
Pior público dos grandes: apenas 308 pagantes foram a Moça Bonita (Foto: Marcio Alves/Agência Globo) Cidinho vira zagueiro, e Dieguinho marca Apesar de apenas cumprir tabela, o time B do Botafogo não esmoreceu. Em campo, os jogadores demonstravam vontade para evitar a pior campanha da história do clube no Carioca. Para isso, não tiravam o pé das fortes divididas. Mas não foi o suficiente. O ataque formado por Cidinho e Zeballos não funcionou, e o Bota só assustou quando Gegê apareceu como elemento surpresa na área ou nos raros arremates de longe, como o que Alex mandou no travessão de Jefferson. A melhor chance do time foi na sobra de um escanteio. Dankler soltou a bomba da entrada da área, mas Cidinho virou zagueiro e cortou o chute que tinha endereço certo, aos 33 minutos. Três minutos depois, a punição. No momento em que o Alvinegro mandava no jogo, o Nova Iguaçu foi quem abriu o marcador com Dieguinho. O meia recebeu na lateral da grande área e bateu colocado, com categoria, no cantinho de Renan, que ainda chegou a tocar na bola. E o placar poderia ter sido aumentado. Na base da velocidade, Zambi também assustava e dava trabalho a Dankler. O atacante levou perigo à meta botafoguense em duas oportunidades, mas em ambas Renan evitou um estrago maior. O zagueiro ainda correu o risco de ser expulso ao parar o rápido adversário com falta na intermediária, sendo o último homem. Ganhou só o amarelo. Zeballos marca de novo, e Dankler é expulso Para piorar a vida de Eduardo Hungaro, Junior Cesar se machucou logo após voltar do intervalo e pediu substituição. Sem laterais no banco, o técnico precisou improvisar o volante Sidney no lado esquerdo do campo. Coube a Zeballos sair mais da área e explorar o setor. E foi com Cidinho sozinho pelo meio que o Botafogo reagiu. Num lançamento espetacular de Gegê, o franzino meia invadiu a área pelo meio dos zagueiros e sofreu pênalti de Jorge Felipe. Zeballos cobrou bem e marcou seu segundo gol pelo Alvinegro, ambos na marca da cal. Tudo igual aos 12 minutos. O gol, porém, custou a perda de Cidinho. O meia se machucou na falta sofrida e também precisou sair para a entrada de Yguinho. Só a última alteração de Hungaro foi técnica: Daniel, que começou o campeonato titular do time B e perdeu espaço, entrou na vaga de Dedé. A tentativa de dar um último fôlego ao arrastado jogo foi em vão. Dankler, que quase marcou um gol no primeiro tempo, chegou perto de novo na única chance de perigo do Bota no fim. Foi num escanteio cobrado por Gegê, o zagueiro subiu no segundo poste, cabeceou para o chão, mas viu a bola quicar e encobrir o travessão. E o último ato do Glorioso no Carioca foi um cartão vermelho, justamente ao próprio Dankler: aos 46, o defensor derrubou Zambi, levou o segundo amarelo e foi expulso. A cena final de um enredo trágico para a torcida.

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