domingo, 23 de março de 2014

EM CLÁSSICO INUSITADO, SANTA BATE NÁUTICO POR 5 A 3 DE VIRADA NA ARENA

Tricolor sai atrás, vira, toma mais dois gols e comemora a primeira vitória em um clássico no ano. Timbu perde chance de reassumir a liderança O Santa Cruz chegou por baixo e saiu por cima da Arena Pernambuco na tarde deste domingo. Eliminado da Copa do Nordeste no meio da semana pelo Sport, o Tricolor começou mal o Clássico das Emoções. Com apenas três minutos, tomou o gol. Tudo parecia conspirar contra. Só parecia. O enredo do jogo revigorou quem estava afundado. Vitória tricolor por 5 a 3. Respirou o técnico Vica, que ainda não tinha vencido um clássico em Pernambuco - neste ano, foram três derrotas para o rival rubro-negro e um empate com o Náutico. O resultado levou o Santa aos mesmos 14 pontos do Náutico, que perdeu a chance de retomar a liderança, roubada pelo Sport na véspera. O Rubro-Negro venceu o Porto e abriu dois pontos de vantagem em relação aos rivais nesta reta final do hexagonal do segundo turno do Campeonato Pernambucano. Baque relâmpago e reação O gol alvirrubro logo aos três minutos do primeiro tempo deu uma falsa impressão. Quando Hugo abriu o placar, a torcida explodiu e certamente previu uma tarde vermelha e branca na Arena Pernambuco. Oportunista, o atacante aproveitou o passe açucarado de Marcos Vinícius após boa jogada pela linha de fundo. Do lado tricolor, antes de a bola chegar em Hugo, falharam Oziel, Renan Fonseca e o goleiro Tiago Cardoso.
Renan Fonseca comemora o gol de empate tricolor (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press) A reação tricolor começou aos 23 minutos. Exatos 20 minutos depois da falha no gol alvirrubro, Renan Fonseca se redimiu. O zagueiro aproveitou uma bola mal cortada pela defesa timbu e emendou de primeira. Gol. Festa em três cores. Seria apenas a primeira das três falhas decisivas da remodelada defesa do Náutico, com Jackson na lateral direita e William Alves no miolo de zaga - substitutos de Hélder Maurílio, barrado na lateral, e Luiz Alberto, que se machucou seriamente e ficará cerca de três meses afastado. O pior estava por vir para os alvirrubros. A avalanche tricolor Na reta final do primeiro tempo, vieram mais dois gols do Santa. No primeiro, uma infelicidade do jovem lateral-esquerdo Izaldo, aos 34 minutos. Primeiro, acertou a própria trave ao tentar cortar um cruzamento. A bola voltou, e ele cabeceou errado, contra a meta alvirrubra. Gol contra. Santa 2 a 1. Abalado, Izaldo foi substituído no intervalo por Zé Mário. Antes, o Tricolor chegou ao terceiro gol com Léo Gamalho. Em boa trama do ataque, mas também em mais um vacilo da zaga timbu. Estreante da tarde, o lateral-esquerdo Zeca acionou Caça-Rato, que foi à linha de fundo e cruzou na medida para Léo Gamalho escorar. O sétimo gol do atacante no Pernambucano. 3 a 1. A festa tricolor aumentou aos seis minutos do segundo tempo. Léo Gamalho recebeu passe em profundidade e chegou na frente de William Alves para tocar com categoria na saída de Tiago Cardoso: 4 a 1. Parte da torcida do Náutico então começou a deixar a Arena Pernambuco. Aos 23, Carlos Alberto recebeu a bola pela esquerda e fez um carnaval na defesa alvirrubra, terminando com um chute seco no canto. Outro gol para denunciar a péssima atuação do sistema defensivo do Náutico: 5 a 1. Os últimos suspiros do Náutico Quando o resultado já era irreversível, o Timbu esboçou uma reação, com dois gols num intervalo de dois minutos. Aos 41, com Elicarlos, e aos 43, com William Alves. Elicarlos recebeu passe de Zé Mário e bateu rasteiro no canto. Em seguida, William, de cabeça, aproveitou cruzamento na área. Um final surpreendente para um clássico cheio de reviravoltas e elementos que o tornaram inusitado do início ao fim.

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