sexta-feira, 29 de maio de 2015

"Mais notícias ruins virão", aponta presidente da FIFA



Por Redação Galáticos Online (Twitter: @galaticosonline)
Nesta quinta-feira (28), o presidente da Fifa Joseph Blatter se pronunciou pela primeira vez sobre o escândalo que envolve as prisões de sete dirigentes da entidade por envolvimento com esquemas de suborno. No Congresso Anual da entidade, na Suíça, o mandatário reconheceu que "mais notícias ruins virão" nos próximos meses, porém atribuiu a corrupção a casos "individuais" praticados por uma "minoria" entre os cartolas.
"Não vou deixar que atos de alguns destruam as ações de tantos que trabalham pelo futebol. Aqueles corruptos são minorias. Mas precisam ser pegos e levados a suas responsabilidades. Vamos cooperar com as autoridades para que os envolvidos, de cima para baixo, sejam punidos. Não pode haver espaço para corrupção. Os próximos meses não serão fáceis. Mais notícias ruins virão", admitiu.
De acordo com a Justiça americana e a suíça indicaram que as prisões em Zurique foram apenas as primeiras etapas de um processo bem maior. No entanto, Blatter prometeu que vai 'reconstruir' a entidade. "Somos uma vasta maioria que gosta do futebol, não pelo poder ou cobiça. Mas pelo amor ao futebol e para servir a outros", afirmou. "Será um caminho longo e difícil para reconstruir a credibilidade. Perdemos e vamos reconquistar por meio das ações", disse Blatter, que nesta sexta concorre à reeleição mais uma vez. O dirigente ainda pediu "solidariedade".
Nesta quinta, Michel Platini, presidente da Uefa, pediu a renúncia de Blatter e declarou apoio ao candidato opositor, o jordaniano Ali Bin Al Hussein.
O mandatário da FIFA ainda reconhece que o esquema de corrupção revelado pela Justiça americana jogou "uma grande sombra no futebol e no Congresso da Fifa". "Ações individuais trouxeram vergonha e humilhação ao futebol e exigem mudanças", disse Blatter. O cartola, porém, se isentou de qualquer culpa no escândalo. "Muitos dizem que sou responsável pela comunidade global do futebol, seja na Copa ou no escândalo de corrupção. Mas não posso monitorar as pessoas todo o tempo. Se eles fazem algo errado, tentam esconder."

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