Baiano de Poções, Tuna Espinheira atuou por mais de 30 anos no cinema baiano como documentarista
Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)
Aos 71 anos, o cineasta baiano Tuna Espinheira faleceu na tarde deste sábado (28), no Hospital da Bahia. De acordo com familiares, Espinheira morreu por volta das 15h30, em decorrência de um câncer. Ele já estava internado há alguns dias na unidade médica, mas a doença foi diagnosticada tardiamente. O sepultamento do cineasta acontecerá na manhã deste domingo (1º), às 11h, no Cemitério Jardim da Saudade.
Foto: Tereza Rizério
Baiano de Poções, Tuna Espinheira atuou por mais de 30 anos no cinema baiano como documentarista, tendo realizado diversos curtas-metragens. Sua primeira produção, lançada no ano de 1969, tratou sobre o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Tuna Espinheira também escreveu e dirigiu o “Major Cosme de Farias: O Último Deus da Mitologia Baiana”, “Dr. Sobral Pinto”, “Samba Não Se Aprende na Escola”, “Comunidade do Maciel”, “O Fazendeiro do Ar”, “A Ilha da Resistência”, entre outros.
O cineasta chegou a atuar em alguns filmes, a exemplo de “Um Sonho de Vampiros”, de Iberê Cavalcanti, 1969, e “Cascalho”, dirigido por ele. Este foi o primeiro longa-metragem de ficção do cineasta, baseado no romance de Herberto Sales. Totalmente filmado em Andaraí, na Chapada Diamantina, o filme conta a saga dos garimpeiros na região na primeira metade do século passado (anos 30) e suas disputas com os coronéis.
Família
Tuna Espinheira é irmão de Ruy Espinheira Filho, o primogênito de sete irmãos e imortal da Academia de Letras da Bahia. No último dia 28 de dezembro, um dos irmãos mais novos do cineasta, o geólogo Paulo Espinheira, também morreu em decorrência de um câncer dois dias depois do aniversário.