Arthur Ledo Rocha Brandão, de 5 anos, não resistiu e morreu na noite de sexta-feira. Corpo será sepultado na Bahia
Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)
Um dos gêmeos siameses que foi separado durante uma cirurgia em Goiânia não resistiu e morreu na noite da sexta-feira (27), às 23h50, no Hospital Materno Infantil (HMI). A morte de Arthur Ledo Rocha Brandão, de 5 anos, foi confirmada pela família do menino. Ainda não foi informado a causa da morte.
Arthur Ledo Rocha Brandão, de 5 anos, não resistiu
(Foto: Reprodução/Facebook)
O irmão dele, Heitor, segue internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele está com febre e respira com a ajuda de aparelhos.
Os gêmeos foram submetidos a 15 horas de cirurgia durante a separação, e tinham se visto pela primeira vez após o procedimento ainda na sexta-feira (27).
O corpo de Arthur será velado na noite deste sábado na casa da família em Riacho de Santana, na Bahia, e deverá ser sepultado no domingo (29) em Botuporã.
"Esse momento é o mais doloroso de minha vida", escreveu o pai dos meninos, Delson Bransão, no Facebook.
"Eu só queria dizer a você, filho amado, muito obrigado! Você assim como seu irmão Heitor veio para transformar nossas vidas. Painho irá carregar você dentro de mim como sempre vinha carregando. Te amo do tantão do universo", lamentou Delson na rede social. "Sinto que um pedaço de mim se foi. Eu quero você aqui comigo, mas não a qualquer custo. Vai com Deus e durma com os anjos do Senhor".
Entenda o caso
Os dois irmãos nasceram no mesmo hospital em que estão internados, no dia 8 de abril de 2009. A família dos garotos, no entanto, é natural de Riacho de Santana, na Bahia. Os dois nasceram unidos pelo tórax, abdômen e bacia, e compartilhavam o mesmo fígado e genitália.
Morre um dos gêmeos siameses separados em Goiânia
(Foto: Reprodução/ Facebook)
O médico Zacharias Calil contou que essa foi a 12ª operação de siameses que realizou e que acompanhava o caso desde que os meninos nasceram. “Pensamos em operá-los quando tinham 1 ano, mas precisamos esperar porque eles tinham pouca pele”, contou o médico.
Segundo ele, ainda assim, foi necessário usar bolsas de silicone durante a operação para elastecer a pele dos irmãos. Cerca de 40 profissionais participaram da operação entre anestesistas, cirurgiões, cardiologistas, pediatras, entre outros.
No Facebook, o pai dos garotos, Delson Brandão, tinha comemorado o encontro dos gêmeos após a cirurgia. "Momento mais lindo foi quando Heitor, querendo falar, disse: 'Quero ver Arthur' e a enfermeira levantou a cabecinha dele e ele viu o irmão na cama ao lado. Isso foi outro momento que nós choramos de muita alegria. Amém, senhor”, escreveu.
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