Protagonista de um dos crimes mais bárbaros do país, Suzane Von Richthofen falou sobre o crime em entrevista inédita
Redação iBahia e Correio
Após ter ficado conhecida nacionalmente por ter protagonizado um dos crimes mais bárbaros do país, Suzane Von Richthofen falou sobre o assassinato dos pais, em 2002, nesta quarta-feira (25). Em entrevista ao apresentador Gugu Liberato, Suzane contou como conheceu Daniel e admitiu ter passado a consumir drogas quando estava com o então namorado.
Suzane Von Richthofen fala sobre assassinato dos pais e Daniel Cravinho: "ao lado dele, me sentia livre"
(Foto: Reprodução/Record)
"Ele era instrutor de aeromodelismo do irmão e foi minha mãe que me apresentou a ele. Fomos nos aproximando aos poucos e começamos a namorar. Minha mãe não gostava dele. No começo, sim, como amigo, instrutor, mas não como meu namorado, não como alguém para fazer parte da minha vida. Quando o relacionamento começou a ficar sério, ela passou a conhecê-lo. Quem era o Daniel, a vida dele em si. E ela passou a não gostar mais, ela me dizia que ele ia me levar para o buraco, eu não acreditava. Começou a cortar o relacionamento e eu comecei a namorar escondido com ele", contou.
Suzane conta que se apaixonou por Daniel porque ele a apresentou a uma vida completamente diferente da que ela tinha em casa. "Minha casa era toda certinha, hora de almoçar, jantar, dormir, todo mundo junto, só podia sair sexta e sábado. Tudo certinho. toda regrada e ele me apresentou uma vida completamente diferente, não tinha hora para chegar, sair. Uma vida do "tudo pode". De repente conheci uma vida que era livre. Ao lado dele, me sentia livre. Mas era mentira. Eu não era livre".
Em entrevista com Gugu, ela disse que usou drogas e que isto teria influenciado seu comportamento
(Foto: Divulgação)
A jovem também revelou acreditar que o uso de drogas pode ter influenciado no seu comportamento. "Consumia drogas, maconha, êxtase. Com certeza a droga tira você do seu equilibro, centro, eixo. Mas não posso falar que a culpa é toda deles, porque quando um não quer, dois não fazem. Eu me arrependo de conhecer eles, acho que minha história seria diferente. Eu tive culpa também e estou pagando por isso".
(Foto: Divulgação)
Sobre o crime, ela negou ter sido a mentora. "Não é verdade. Uma cabeça só não pensa em tudo. É uma junção de tudo, concorrência de ideias. Eu fiz parte, mas os três bolaram aquilo. Eu acho que o Cristian sabia menos da situação, mas infelizmente tanto o Daniel quanto eu temos culpa nessa parte. Isso é uma coisa que não tem como esquecer, não fazer parte. Faz parte da minha vida, da minha história e eu me arrependo", lamentou.
Crime
Na madrugada do dia 31 de outubro de 2002, Manfred e Marísia von Richthofen estavam dormindo na mansão onde moravam, em São Paulo, quando foram brutalmente assassinados com golpes de barra de ferro. Pouco depois, a filha do casal, o então namorado dela, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian, confessaram o crime.
Os irmãos foram condenados como executores, enquanto a filha mais velha repsondeu pelo crime como mentora. Suzane foi condenada a 38 anos e seis meses de prisão, enquanto os assassinos cumprem pena no regime semi-aberto.
Em outubro deste ano, Suzane, que atualmente tem 31 anos, abriu mão da herança dos pais alegando saber que não tem direito a nada. Ela declarou ainda que deseja apenas reencontrar o seu irmão caçula, Andreas. Também em outubro, a ex-estudante de Direito se casou com Sandrão, uma colega de presídio condenada pelo sequestro e morte de um adolescente.
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