domingo, 26 de janeiro de 2014

NO JOGO DAS SURPRESAS, FLA E DUQUE DE CAXIAS FICAM NO EMPATE POR 2 A 2

Time da Baixada abre placar com gol olímpico e faz 2 a 0 em dia sem gols de Brocador. Jayme põe estreante Alecsandro e Gabriel, e os dois marcam
De uma coisa os torcedores presentes ao Maracanã neste sábado à noite para assistirem a Flamengo x Duque de Caxias - 13.528, com renda de R$ 456.495,00, proporcionada pelos 9.980 pagantes - não podem reclamar: da falta de surpresas. Num reencontro com o time A rubro-negro, campeão da Copa do Brasil de 2013, teve de tudo no empate por 2 a 2. O Duque de Caxias fez gol olímpico. Belo gol de Rodrigues, por sinal. Abriu 2 a 0 num lance em que a bola resvalou no braço do atacante Gleisson, tocou no travessão e encontrou Alex Terra livre. Tudo em noite pouco inspirada de Hernane Brocador, que desandava a perder gols. Motivo suficiente para o técnico Jayme de Almeida pôr o estreante Alecsandro e Gabriel na equipe. E os dois marcaram os gols do empate na partida válida pela terceira rodada do Campeonato Carioca. Com o resultado, o Flamengo, que com o time B tinha 100% de aproveitamento nas duas primeiras rodadas, chega a sete pontos ganhos e mantém, provisoriamente, a liderança. Na próxima quarta-feira, vai a Nova Friburgo encarar o Friburguense no Eduardo Guinle, em Nova Friburgo. Foi visível a falta de ritmo de jogo do time A e de alguns jogadores importantes na campanha de 2013, principalmente dos atacantes Paulinho e Hernane e do lateral André Santos, que até melhorou no segundo tempo e participou dos dois gols. O meia Elano e o atacante Alecsandro, estreantes, tiveram bons momentos na partida. - Já estrear fazendo o gol é importante. Vivi muita coisa, mas com certeza foi um dos momentos mais importantes da minha carreira - afirmou Alecsandro. Na quinta-feira, o Duque de Caxias, que marcou seu primeiro ponto na tabela, receberá o Bonsucesso. O lateral Rodrigues, que por pouco não saiu como herói da partida - além do gol olímpico, salvara gol certo de Hernane ainda no primeiro tempo -, não escondia a emoção pelo maior feito da noite. - Pensei na família, mulher, filho, é sempre bom um gol no Maracanã. Nada melhor do que fazer um gol bonito num jogo desse. Gol olímpico Houve pouca emoção nos primeiros minutos. O Flamengo, que guardou o time A para período maior de pré-temporada visando à participação na Libertadores, dava claros sinais de falta de ritmo de jogo. O Duque de Caxias procurava fazer a sua parte: se fechando sem a bola para buscar os toques rápidos nos contra-ataques, principalmente pelo lado esquerdo. A estratégia era explorar os avanços de Léo Moura. Mas foi o lateral-direito que criou o primeiro lance de perigo,.aos 15 minutos, ao centrar na medida para Hernane cabecear mal, para o alto. Pouco depois, o Brocador perdia nova oportunidade após bom passe de Carlos Eduardo. O goleiro Andrade defendeu com o pé. O terceiro frisson da torcida rubro-negra foi na cobrança de Elano, no travessão. De uma hora para outra, o Flamengo tivera três oportunidades, todas criadas pela meia-direita. Aí, vem aquela máxima de que o futebol pune... E, no caso do Flamengo, a punição não poderia ser mais inusitada. Um gol olímpico, um golaço, diga-se de passagem, mudou a partida. O lateral-esquerdo Rodrigues já batera escanteio com perigo duas vezes. Até que, aos 27 minutos, na terceira cobrança seguida pela direita do ataque, mandou a bola no ângulo direito de Felipe, que não olhava para a bola... E o lateral comemorou aos gritos, chorando... Foi só sofrer o gol para os problemas do Flamengo ficarem mais evidentes. André Santos e Paulinho não produziam nada pelo lado esquerdo, Muralha abusava dos toques de efeito e iniciava lentamente as jogadas, Elano, que começara bem, tinha os espaços reduzidos. No Duque de Caxias, Angulo, Alex Terra e Gleisson buscavam tabelas rápidas, incomodando a zaga rubro-negra. No fim do primeiro tempo, Alex Terra, num rápido contra-ataque, obrigou Felipe a boa defesa, quase aumentando o placar. O Flamengo deu o troco em seguida com Hernane, que com um leve toque encobriu Andrade, mas encontrou Rodrigues, o mesmo do gol olímpico, para evitar o gol, garantir a vitória parcial de sua equipe e se tornar o destaque da primeira etapa.
A torcida do Flamengo esperava reação logo no começo da segunda etapa. Mas viu a situação se agravar quando, aos dois minutos, Leandro Teixeira bateu de fora da área. A bola desviou no braço de Gleisson, bateu no travessão e sobrou limpa para Alex Terra, livre de marcação, mandar de cabeça para as redes: 2 a 0. O gol foi a gota d'água para a torcida rubro-negra começar a vaiar o time. Nada dava certo. Alex Terra quase marcou o terceiro - o forte chute de canhota chegou a tocar no travessão. Foi aí que o técnico Jayme de Almeida resolveu mexer no Flamengo. Trocou Elano, cansado, e Carlos Eduardo, vaiado, por Alecsandro, que fazia sua estreia, e Gabriel. Hernane desperdiçava mais uma chance, numa cabeçada fraca. Era visível a falta de ritmo do Brocador e de outros jogadores, principalmente a ala esquerda rubro-negra. Mas André Santos acordou. Aos 24, cobrou falta para Alecsandro, de cabeça - que já tivera chance anterior -, escorar e diminuir o placar. Pouco depois, aos 26, o lateral-esquerdo iniciou tabela com Hernane. O camisa 9 tocou cruzado para Gabriel, outro que entrara na equipe, mandar para as redes, empatar a partida e incendiar o Maracanã. O técnico do Duque de Caxias, Mario Junior, que já trocara o colombiano Angulo por Leandro Cruz, tirou Alex Terra para lançar Washington no ataque. Jayme trocou André Santos por João Paulo. Os dois times procuraram a vitória, mas o cansaço era visível. A noite já estava cheia mesmo de surpresas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário