quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

SANTOS DÁ 'OLÉ' NO CORINTHIANS E GOLEIA O RIVAL NA VILA BELMIRO

No primeiro clássico do Campeonato Paulista, Peixe faz 5 a 1 no Timão
Santistas, esqueçam as más atuações nas primeiras rodadas e os gestos obscenos de Oswaldo de Oliveira. Agora, há muitos motivos para comemorar. No primeiro clássico do Campeonato Paulista, o Peixe deu um show de bola nesta quarta-feira. E logo contra seu maior rival, o Corinthians. Goleada por 5 a 1 na Vila Belmiro, com direito a “olé”. Melhor durante toda a partida, o Santos exterminou qualquer chance de reação do Timão. Com gols de Arouca, Gabriel, Thiago Ribeiro (dois) e Bruno Peres, a equipe da Vila Belmiro empolgou seu torcedor (o público foi de 8.050 pagantes) e chegou a dez pontos na liderança do Grupo C. O Corinthians é vice-líder no B. Nesse processo de reconstrução das duas equipes, com novos treinadores, o Santos usou o clássico para dar um passo à frente. E o Timão deu um passo atrás. Principalmente pelos erros cometidos pelo setor que parecia mais seguro: a zaga. Para piorar, o Corinthians voltou a perder um clássico depois de mais de um ano.
Antes desta quarta-feira, a última vez que o Corinthians havia sido superado num jogo desses foi na última rodada do Brasileirão de 2012, contra o São Paulo. No ano passado, ainda sob o comando de Tite, foram 12 clássicos. Nenhuma derrota. Por 5 a 1? Não acontecia desde 2005, para o Tricolor do Morumbi. Na próxima rodada, o Santos joga mais uma vez na Vila Belmiro. Dessa vez contra o Botafogo-SP, sábado, às 19h30. E o Corinthians, por sua vez, atua novamente fora. O desafio de domingo, às 17h, será contra a Ponte Preta, em Campinas. Clássico de verdade Três gols, boas defesas, finalizações perigosas, bronca de treinador... Se fosse levada em consideração apenas a etapa inicial, o primeiro clássico do Campeonato Paulista já poderia receber o rótulo de “bom jogo”. Santos e Corinthians não deixaram a monotonia tomar conta do torcedor. Pelo contrário. Melhor nos primeiros minutos de partida, o Peixe sufocou o Timão. Só precisou de 22 minutos para abrir 2 a 0. Aos 12, mesmo depois de linda defesa de Walter em cabeçada de Alan Santos, a bola sobrou para Arouca bater de fora da área e marcar – havia três jogadores em impedimento, mas só Alan Santos atrapalhava o goleiro. Dez minutos depois, Arouca deu belo cruzamento para Gabriel ampliar de cabeça. Na comemoração, dancinha. Antes disso, o técnico Mano Menezes, insatisfeito com a atuação do Corinthians, ameaçou tirar Romarinho de campo por falha na cobertura do chileno Mena. Mas antes mesmo de nova reclamação, o Timão reagiu. Com chute de fora da área de Guilherme, aos 24 minutos, o Corinthians diminuiu a desvantagem. E a partir daí igualou a posse de bola. As melhores chances para o empate foram de Guerrero. O peruano, aliás, ficou inconformado com a não marcação de pênalti em cima dele no final da etapa. Cicinho, pelo Santos, também. E o clássico continuou clássico... A volta para o segundo tempo foi tensa para o Corinthians. Dentro e fora de campo. Da arquibancada, xingamentos da Fiel contra Pato e Sheik. E no gramado, mais um gol do Santos, o terceiro. Logo aos dois minutos, Gabriel recebeu na esquerda e cruzou. A bola passou por Bruno Peres e sobrou para Thiago Ribeiro marcar. Da mesma maneira que no primeiro tempo, o peruano Paolo Guerrero era o homem mais perigoso do Timão. Olhando para o céu, como se conversasse com alguém, ele lamentou brilhante defesa de Aranha após sua cabeçada aos dez minutos. Mais avançado, o Corinthians não reagiu. E deu espaço para o Peixe ampliar. Geuvânio fez bela jogada pela direita e deixou Bruno Peres na cara do gol para marcar o quarto gol do Santos. Virou goleada. Fato que deixou os jogadores do Corinthians irritados. Sheik e Guerrero perderam a cabeça em lances de falta e foram advertidos com cartão amarelo, um seguido do outro. Da torcida santista, os gritos de “olé” davam o tom de como o clássico foi dominado pelo time da Vila Belmiro. E Thiago Ribeiro, pela segunda vez no jogo, aumentou essa comprovação. Aos 32 minutos, o atacante passou por Guilherme e tocou na saída do goleiro Walter, para dar números finais ao clássico paulista.

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