De acordo com a mãe, adolescente ficou mais de dez horas sem avaliação médica
Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)
Uma adolescente de 15 anos morreu em um hospital municipal do Rio de Janeiro, na noite do último domingo (26), após dar à luz um menino e ser transferida do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Os familiares da estudante Rafaela Cristina Souza Santos acusam a maternidade de descaso no atendimento à jovem. De acordo com eles, a garota ficou por mais de cinco horas no hospital, sem atendimento médico adequado, sendo apenas atendida por uma enfermeira e uma técnica de enfermagem.
(Foto: Reprodução/Facebook)
Segunda a mãe de Rafaela, Carla Santos, desde que deu entrada no hospital, por volta de 0h de domingo, a estudante só foi receber atenção de uma médico às 3h. A adolescente teria ficado mais de dez horas sem avaliação médica, apesar de se queixar de dores na cabeça e não conseguir avançar no trabalho de parto.
Em entrevista ao jornal Extra, a mãe da jovem afirmou que os médicos insistiram em fazer parto normal, mesmo a garota não tendo dilatação suficiente."Eu falei que a minha filha era pequena, tinha 15 anos, mas corpo de 13, e que era melhor fazer a cesárea. Eles insistiram no parto normal, e o bebê não descia".
Ainda segundo a mãe da adolescente, depois de ser colocada no soro, Rafaela teve convulsão e foi levada para o centro cirúrgico da maternidade. Ela diz que nenhum instante teve explicação do que estava acontecendo e somente duas horas depois foi informada de que a estudante tinha sofrido eclâmpsia e havia sido necessário retirar o útero de Rafaela para mantê-la viva. O bebê nasceu por cesárea.
Ainda segundo a mãe, a transferência para o hospital municipal de Acari, onde Rafaela ficou na Unidade de Terapia Intensiva, também demorou. A jovem deu entrada na unidade por volta de 17h, mas somente três horas depois foi encaminhada para o centro cirúrgico. A menina veio à óbito pouco antes das 23h50, após uma segunda parada cardíaca.
O hospital
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a direção do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro informou que Rafaela recebeu toda assistência necessária, acompanhada por profissionais da unidade quando apontou complicações durante o parto. A direção informou ainda que está à disposição da família de Rafaela para esclarecimentos.
Nesta terça, familiares e amigos da garota fizeram uma manifestação em frente ao Hospital, pedindo justiça morte.
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