segunda-feira, 28 de julho de 2014

Criança com gravíssima hidrocefalia sorri pela primeira vez



Por: Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)] 
Uma criança cuja cabeça aumentou mais de três vezes o seu tamanho normal está sorrindo pela primeira vez após a cirurgia que reduziu a circunferência de 94 cm para 58 cm.


 Roona Begum, de três anos, foi levada às pressas para o hospital, em Nova Delhi, na Índia, no ano passado, sofrendo uma forma extrema de hidrocefalia - água no cérebro.

Cirurgiões realizaram uma série de operações para reduzir o tamanho da cabeça de Roona. Ao receber alta hospitalar, os pais foram avisados de que ela tinha pouca chance de sobrevivência. Mas esta semana os médicos ficaram chocados ao descobrirem que Roona não só está viva, como esboçando sorrisos.



A criança sofreu várias cirurgias em maio e junho do ano passado, com os médicos drenando o excesso de líquido de sua cabeça, reduzindo drasticamente o tamanho de seu crânio. Ela passou 105 dias no hospital, em agosto e, em seguida, retornou em dezembro para reconstrução de seu crânio deformado.



Dr. Sandeep Vaishya, neurocirurgião que avaliou Roona novamente esta semana, foi surpreendido pela extensão da sua recuperação, mas diz que ainda há um longo caminho pela frente. "Eu vejo melhoria incrível, algo que eu realmente não esperava. Ela começou a rir, ela faz um monte de sons e ela ocasionalmente fala algumas palavras. Ela ganhou bastante peso e suas atividades têm melhorado muito. Mas se ela será capaz de viver uma vida normal, ninguém pode dizer”, explicou o médico.



O progresso de Roona tem sido tão bom que o Dr. Vaishya pretende realizar outra operação para reduzir ainda mais o tamanho de sua cabeça. Porém, seu pai, Abdul Rahman, de 21 anos, que a viu voltar da beira da morte várias vezes, está preocupado com os riscos. “Minha esposa passou por muita coisa com a condição de Roona. No passado, as pessoas nos sugeriram entregá-la a um orfanato ou um ashram [um tipo de mosteiro espiritual]", disse o pedreiro analfabeto, que ganha apenas o equivalente a R$ 7,00 por dia.

"Se os médicos acreditam que a cirurgia é o melhor a se fazer, e dando a possibilidade dela sentar-se, conversar e viver como uma criança normal, então nós queremos. Mas se eles não puderem nos dar essa garantia, então nós não precisamos arriscar”, disse Abdul.

Fonte: Jornal Ciêncis / R7

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