Suspeitos de matar policiais civil e militar têm prisão pedida à Justiça

Segundo investigação, eles mataram PM no Caji, em Lauro de Freitas, e investigador da Polícia Civil na Estrada Velha do Aeroporto

Policial foi morto em assalto na Estrada Velha do Aeroporto

A polícia já identificou dois suspeitos pelas mortes do polícia civil Jorge César de Castro Pereira, que também são suspeitos pela morte de um policial militar no Caji, em Lauro de Freitas. As prisões de Alexandro Borges da Silva, 20 anos, e Robson dos Santos Soares, 22 anos, já foram pedidas à Justiça.

Nesta quarta-feira (30), o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos, da 12ª Delegacia, anunciou a identificação dos suspeitos. Segundo a investigação, uma adolescente de 17 anos, namorada de um dos suspeitos, também é procurada por participação nos crimes.

A polícia recuperou uma pistola calibre 40, que era do policial, em um imóvel onde os suspeitos estavam, em Nova Brasília. O investigador Jorge César foi morto durante um assalto no último dia 23 na Estrada Velha do Aeroporto.

Assalto e morte

O policial civil José César encerrou o expediente na 13ª Delegacia por volta das 18h. Ele passava em seu Voyage, quando parou, a pedido do amigo,dono de um galpão, localizado logo após a entrada Mussurunga. “Ele era cliente daqui. Sempre deixava o carro aqui para limpar”, disse um

funcionário do local que pediu para não revelar o nome. José César e o dono do galpão conversavam sentados próximos ao portão de entrada quando três homens chegaram

andando e um deles, apontando um revólver, anunciou o assalto.

Ao presenciar o roubo de R$ 1.800 do amigo, o policial tentou puxar a pistola ponto 40 da cintura, mas levou uma gravata de um outro bandido e em seguida o tiro no rosto. “O policial tentou obstruir a ação criminosa, mas estava em menor número”, contou o delegado Jorge Figueiredo. Em seguida, o trio de bandidos fugiu coma pistola ponto 40 e o carregador do policial em um Celta vermelho, tomado de assalto a alguns metros do galpão.

O Celta foi abandonado no setor A do bairro de Mussurunga, onde os bandidos roubaram um Ford EcoSport preto para continuar a fuga. O segundo veículo foi deixado na região de Saramadaia, local onde tomaram de assalto um terceiro carro, um Honda Civic prata.

Segundo a titular da 13ª Delegacia, Olveranda Oliveira, o policial civil trabalhava sempre no Serviço de Investigação.“Era um policial sem atritos com os colegas, sempre disposto para o trabalho”.

Morte no Caji

O cabo da Polícia Militar Clóvis Silva da Paixão, 47anos, foi morto com um tiro na cabeça dentro de uma padaria às 8h30 do dia 14 de julho. Logo cedo, o PM tomava café da manhã na padaria Novo Pão, localizada na Rua Doutor Gerino de Souza Filho. Foi quando dois homens armados chegaram numa moto e tentaram assaltar o estabelecimento, de acordo com informações da Polícia Militar.

Apesar de não estar fardado, Clóvis teria sido reconhecido como policial. De acordo com testemunhas, ele chegou a ser imobilizado com um golpe de “gravata”, antes de ser atingido por um tiro na testa. Clóvis, que estava na PM há 25 anos, morreu no local.

Segundo o capitão Ronei Bispo, subcomandante da 52ª Companhia Independente da PM (Lauro de Freitas), a vítima não iria trabalhar no dia do crime. “Nós não temos conhecimento de ele ter nenhum inimigo. Sempre foi um ótimo policial”.

Embora morasse no bairro da Areia Branca, Clóvis frequentava a panificadora, segundo uma de suas irmãs. “Meu irmão era querido por todo mundo. Foi covardia mesmo, desses miseráveis desumanos”.