quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Bahia assina acordo de recuperação do Fazendão e aquisição de novo CT

Em acordo com construtora, clube passa a ser dono do Fazendão e da Cidade Tricolor, além de novo terreno que dá acesso ao CT localizado em Itinga


Por Rafael SantanaSalvador



O Bahia tem, oficialmente, dois centros de treinamentos. Na tarde desta quinta-feira, o clube, através do presidente Fernando Schmidt, assinou o contrato de recuperação do Fazendão e de compra da Cidade Tricolor, em Dias D’Ávila. Além dos dois patrimônios, o Tricolor também herda um terreno denominado “Vale das Margaridas”, que permite o acesso direto ao CT localizado em Itinga, Região Metropolitana de Salvador.


Schmidt, ao lado de Fernando Jorge, presidente do Conselho Deliberativo, explicou todos os detalhes que cercaram a negociação com a OAS, em cerimônia que contou também com diversos conselheiros, além do vice-presidente, Valton Pessoa, que foi o grande responsável por conduzir o processo. Com o novo acordo, ficando com os dois CT's e também com o terreno, o Bahia terá que arcar com cerca de R$ 23,6 milhões (saldo da permuta + percentual de Transcons + terreno).

Presidente do Bahia assina contrato para recuperação do Fazendão e aquisição de novo CT (Foto: Divulgação/E.C. Bahia)Presidente do Bahia assina contrato para recuperação do Fazendão e aquisição de novo CT (Foto: Divulgação/E.C. Bahia)

A propriedade do Fazendão é devolvida neste ato ao Esporte Clube Bahia. Em relação ao novo CT, passará a ser propriedade do Bahia após a quitação do parcelamento que foi feito durante essas negociações. Um terreno que possibilita novo acesso ao Fazendão passa a ser propriedade do Bahia, valorizando ainda mais o local. Para viabilizar essa negociação, o Bahia deverá pagar R$ 23, 6 mi, sendo que R$ 13,6 mi em Transcons, a 100% do valor de passe. E o saldo restante, R$ 10 mi, será parcelado em dez anos, em parcelas de um milhão, a partir de 2015 – discursou o presidente do Bahia.

Fernando Schmidt também explicou como será o processo de quitação da dívida junto à construtora.

- A OAS irá custear a manutenção do novo CT até maio de 2015. Evidentemente que esses Tanscons surgirão quando recebermos o valor devido pela desapropriação da sede de praia do Bahia. Parte desse dinheiro será usado para a OAS, para a compra da Cidade Tricolor, e o saldo que remanescer será de propriedade do Esporte Clube Bahia, que ficará com dinheiro em caixa para fazer uso. A partir desse momento, passados dez anos, e pago R$ 1 milhão de reais anuais, nós passaremos também a ser proprietários da Cidade Tricolor. Nela, pretendemos utilizar, nós e a futura gestão, mais do que nós até, a criação de um modelo de sustentabilidade, utilizando recursos que existem nos governos federal e estadual, juntamente com a iniciativa privada, para fazer com que tenhamos uma grande área para servir aos nossos atletas de base. Uma verdadeira fábrica de atletas de alta qualificação - diz


- A negociação inicial, conduzida ainda na época de Marcelo Guimarães Filho, previa a troca do Fazendão pela Cidade Tricolor, tendo o Bahia que pagar a diferença entre os dois CT's, que, segundo anunciado pelo ex-presidente, era de R$ 4 milhões - no entanto, uma auditoria realizada à época da intervenção constatou que, além desse valor, o clube precisaria ceder R$ 9 milhões em Transcons (Transferência do Direito de Construir), referentes à desapropriação da sede de praia. 

A negociação inicial, conduzida ainda na época de Marcelo Guimarães Filho, previa a troca do Fazendão pela Cidade Tricolor, tendo o Bahia que pagar a diferença entre os dois CT's, que, segundo anunciado pelo ex-presidente, era de R$ 4 milhões - no entanto, uma auditoria realizada à época da intervenção constatou que, além desse valor, o clube precisaria ceder R$ 9 milhões em Transcons (Transferência do Direito de Construir), referentes à desapropriação da sede de praia. 

Para o presidente tricolor, os dois CT's são o grande legado de sua gestão, que se encerra no mês de dezembro, quando nova eleição define o novo mandatário do Bahia pelos próximos três anos.

- Pegamos um clube com zero em caixa, zero em patrimônio e quase zero em sócios. É um legado que eu gostaria de ressaltar desse mandato, de cerca de um ano e quatro meses, quando a torcida do Bahia nos confiou essa posição - finaliza o presidente.

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