Números foram apresentados em coletiva nesta
quarta-feira, em Salvador (Cássia Bandeira/G1)
O mercado imobiliário em Salvador, Feira de Santana, a 100km da capital, Lauro de Freitas e Camaçari, na região metropolitana, apresentou queda de 40% de 2013 para 2014. Os dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira (26), com a apresentação dos números do Mercado Imobiliário Geral de 2014, em evento no Salvador Shopping, na capital baiana. Na ocasião, foi divulgado também o resultado da 8ª edição do
Salão Imobiliário, que teve 426 unidades comercializadas e R$ 140 milhões em negócios fechados na capital baiana.
Luciano Muricy, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), afirmou que a queda começou nos anos de 2012 e 2013, que tiveram 8.253 e 7.466 unidades vendidas, respectivamente. Já em 2014, de fevereiro a setembro, foram 2.531 unidades lançadas e 4.751 vendidas, o que representa 40% de queda nas vendas. Em 2008, segundo ele, o número de unidades lançadas chegou a 17 mil.
"A gente aguarda ansiosamente pela edição do novo PDDU que o prefeito anuncia para meados do próximo ano [2015]. O fato é que a gente perdeu ainda um período de produtividade porque, o que acontece, nós temos o efeito da economia hoje permeando os nossos negócios. Não vamos aqui fechar os olhos e imaginar que tudo se deve ao problema que houve com o PDDU. Acontece que lá atrás podíamos ter um desempenho melhor. Infelizmente, não teve. Esperamos a nova edição do PDDU e a recuperação da economia. Salvador e região metropolitana têm potencial para estar gerando em torno de 10 mil unidades tanto lançamento, quanto vendas".
Luciano Muricy apresentou os números na manhã
desta quarta (Foto: Cássia Bandeira/G1)
Segundo o presidente da Ademi, Feira de Santana representa 29% do número de lançamentos. Já em Salvador, os números de lançamentos, em 2014, são de 1.363, de janeiro a setembro, com o total de 3.289 vendidos.
"Em 2010, tínhamos mais de 10 mil undidades lançadas. Isso é realmente muito preocupante. Aqui o negócio ainda não se recuperou, ainda carece de ajustes e tem um problema de uma outorga onerosa que foi gerada a partir do incremento do IPTU e vai completar um ano sem solução. Muitos empresários com projetos nas mãos. As obras estão acabando e não têm outras obras", revela. Ainda segundo Muricy, as empresas estão se mobilizando para reverter a situação.
Já os resultados do 8ª Salão Imobiliário tiveram um quadro diferente do cenário do mercado. Segundo Marcos Vieira Lima, vice-presidente da Ademi e coordenador do Salão Imobiliário, a última edição foi considerada a de maior sucesso de público e número de negócios.
"Foram 426 unidades comercializadas e um resultado de R$ 140 milhões em negócios fechados. Superou nossas expectativas. No sábado tivemos 21.856 visitantes. Isso significa que quase 5% compraram", contempla.
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