Ele ainda deixou filho da vítima tetraplégico no atropelo
Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)
O ex-soldado da Aeronáutica Alisson Maia foi condenado nesta quarta-feira (26) a 16 anos de prisão pelo Tribunal do Júri no Fórum Criminal de Lauro de Freitas. Ele respondeu por dois homicídios dolosos e lesão corporal grave. A denúncia do Ministério Público apontava Alisson como responsável por matar Adriane Aparecida Gomes, 41 anos, e a filha Dayane Dias Gonçalves, 23, além de deixar Tiago Dias Gonçalves tetraplégico. A denúncia afirmava que Alisson participava de um racha quando atingiu as vítimas.
O caso foi em 18 de dezembro de 2009 em Ipitanga. A mãe voltava com os filhos do supermercado quando foram atingidos. A denúncia diz que depois do acidente Alisson não socorreu as vítimas e contou com ajuda para esconder o carro do acidente, um EcoSport, em um lava jato. Em depoimento, ele negou participar de um racha e disse que saia de uma confraternização em Ipitanga para uma festa em Itapuã quando foi fechado por outro veículo e teria perdido o controle da direção.
A pena aplicada foi de 6 anos por cada um dos homicídios e 4 pela lesão corporal gravíssima. Alisson responde em liberdade e, segundo sua defesa, vai recorrer. Ele era soldado da Aeronáutica na época do acidente e foi afastado posteriormente.
Alisson alegou que após a batida perdeu consciência e já acordou no Hospital da Base Aérea. Ele não passou por exame de alcoolemia.
Em 2010, ele foi indiciado por duplo homicídio.
O pai de Tiago, Denilson Dias Gonçalves, diz que o filho continua inteiramente dependente de outras pessoas. "Não se comunica mais, não fala, não anda, usa fraldas, medicamentos de uso contínuo. Ele necessita de acompanhamentos diários de fisioterapia, fonoaudiologia e acompanhamentos regulares de neurologista, clínico geral, ortopedista". O garoto hoje tem 14 anos.
Carro de Alisson foi achado em lava-jato de Itapuão (Foto: Arquivo CORREIO)
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