sábado, 29 de novembro de 2014

Sem rescisão, trabalhadores baianos da Galvão estão ilhados em outro estado


Por: Vinícius Ribeiro (Twitter:@vin_ribeiro) 

Piquete em frente ao Consórcio UFN3, em Três Lagoas (MS)

 
Demitidos desde o dia 3 de novembro, funcionários que prestavam serviço ao Consórcio UFN 3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), vinculado à Galvão Engenharia, umas das envolvidas do esquema fraudulento na Petrobras, reivindicam o pagamento de suas rescisões contratuais pelos serviços prestados em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul (MS). Com a falta de pagamento, 150 trabalhadores de diversas regiões do País, muitos deles baianos, estão ilhados na cidade sem poder retornar para suas casas e famílias, afirmando “situação crítica”.

Segundo foi prometido pela UFN 3, o pagamento seria realizado no último dia 13, porém, como o trato não foi firmado, a empresa remarcou para a terça-feira (25), novamente não honrando a promessa.

“Nós só queremos receber nosso dinheiro e ir embora pra casa”, disse o montador Leandro dos Santos ao Bocão News, que saiu de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), com a promessa de satisfação no trabalho em Três Lagoas.

Hospedados em um hotel na cidade com despesas pagas pela UFN 3, receberam durante a semana a informação que a alimentação seria suspensa na sexta-feira (28). Como não conseguiram reverter a determinação com o sindicato ligado à empresa, os trabalhadores receberam apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que mediou junto à Prefeitura de Três Lagoas que este direito básico também não fosse negado. Com a intervenção municipal, o grupo passou a receber 'quentinhas'.

A partir desta falta de acordo com a comandada da Galvão Engenharia, um grupo de 50 trabalhadores resolveu protestar em frente ao consórcio com a finalidade de ter a situação resolvida. Diante da manifestação e do alarde através da mídia local, os responsáveis da UFN 3 alegaram falta de condições para efetivar o pagamento.

Ainda de acordo com informações de Leandro, a Petrobras, executora da obra na região, garantiu assumir a dívida e irá pagar os ordenados no próximo dia 5 (sexta-feira).

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