domingo, 22 de março de 2015

"Já passei das 400 mulheres", revela Vampeta



Por Redação Bocão News (@bocaonews)
Desbocado, corajoso, irreverente, provocador... e conquistador. Essa é a nova faceta de Vampeta, aposentado desde 2011 e presidente do Grêmio Osasco Audax há 15 meses. O ex-volante da seleção brasileira e do Corinthians recebeu o DIÁRIO no flat onde mora, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. Durante o bate-papo, contou já ter levado para cama, pelo menos, 400 mulheres diferentes. Graças à ajuda da bola, reconhece.
“Quando eu era mais novo, ninguém queria saber de mim. Eu era banguelo, magrelo, orelhudo e pardo”, conta, com franqueza.
Alvinegro assumido, o baiano de 41 anos contou sobre como divide o tempo entre a presidência de um clube da Série A-1 do Paulista, a vida de comentarista de rádio — tem trabalhado em partidas pela Jovem Pan — e os afazeres de empresário. Sim, Vampeta guardou dinheiro e ganha bastante com o aluguel dos apartamentos e flats que comprou ao longo da carreira.
“Tem muito jogador que gasta tudo com carros, relógios, roupas... Nunca fui, nem sou vaidoso. Invisto tudo em imóvel”, explica o presidente do Osasco Audax, revelando já ter levado prejuízo de R$ 185 mil criando gado.
Apesar de não jogar futebol profissional há quatro temporadas, o campeão mundial com a seleção em 2002 ainda tem muito dos boleiros. Ele é reconhecido por onde passa, não recusa convite para balada e vê seu telefone tocar exaustivamente. Foram pelo menos dez ligações não atendidas durante os 63 minutos de entrevista.
Sem fugir dos desafios, Vampeta falou sobre os problemas do futebol brasileiro atual e meteu a colher nos dilemas dos rivais Palmeiras, São Paulo e Santos, associados a Valdivia, Rogério Ceni e o futuro da Vila Belmiro. Revelou ainda que quase defendeu o Palmeiras em 1994, na Era Parmalat, e recusou convite de Vanderlei Luxemburgo para jogar no Santos.
ENTREVISTA:
DIÁRIO_ Se um bilionário russo comprar o Audax e lhe oferecer Messi e Cristiano Ronaldo, quem você escolhe?
VAMPETA_ O Messi, com certeza. Não tem ninguém igual a ele no mundo. Já o Cristiano Ronaldo é bom de propaganda. Ele me lembra aqueles soldados russos que lutavam contra o Rambo. Estilo robô.
Neymar pode chegar ao nível do Messi?
Se não sair do Barcelona, o Neymar sempre será coadjuvante. Lá é duro, porque no dia em que o Neymar faz um gol, o Messi acaba fazendo três. 
Trabalharia no São Paulo?
Não! Primeiro, nunca me convidariam e, depois, porque eu também não iria. Não dá, né? 
O Souza, que jogava pelo São Paulo na época em que você criou o apelido “bambi”, nunca o perdoou por isso...
O Souza é um otário com sorte. Não dá nem para compará-lo comigo, porque ele não cantou o hino do Brasil nem na escola, enquanto eu fui campeão mundial. Acredita que ele foi meu inquilino na Turiaçu?
Ele pagava direitinho?
Nunca atrasou o aluguel, mas não pagava a conta de luz, que era a mais barata. 
Você tem fama de baladeiro e gastão. Juntou dinheiro?
Nunca fui de comprar relógio, trocar de carro toda hora. Investi tudo em apartamento e flat, então, eu estou tranquilo. Tenho imóvel no Tatuapé, na Braz Leme, na Turiaçu, no Aeroporto de Congonhas... 
Já levou muito tombo?
Um ou outro, mas prejuízo eu tive com a Boi Gordo (um dos maiores casos de pirâmide financeira do país). Perdi R$ 185 mil. Eu, Evair, Sampaio, Zinho, Paulo Nunes, Felipão, Jardel... 
Quantas mulheres você já levou para a cama?
Se juntar o que peguei e paguei, já passei de 400 mulheres. Graças ao futebol, claro! Quando eu era mais novo, ninguém me queria. Eu era banguelo, magrelo, orelhudo, pardo...
Mas qual o nível das 400?
Mulher bonita só gosta de homem feio. Peguei muita coisa de qualidade. Várias assistentes de palco, modelos...
Quantas vezes já foi casado?
Nunca me casei, nem juntei. Morei a vida inteira sozinho. 
Como surgiu a ideia de virar presidente de um clube?
Isso é coisa do seu Mário (Teixeira), que deve ser mais louco do que eu. Ele me conheceu, foi com a minha cara e pronto.
O presidente Vampeta é autoritário ou bonzinho? Já demitiu alguém?
Nunca precisei, nem sei se conseguiria. Meu perfil é calmo. Nem sala eu faço questão de ter. Vou ao clube duas vezes por semana para assinar papéis e orientar a molecada.
Seu time valoriza a posse de bola e não dá chutão. Gosta?
É uma coisa do Fernando Diniz (técnico), mas não vou mentir que tomo muito susto quando o Felipe (goleiro) se mete a sair jogando com o pé. Outro dia, ele deu um chapéu no adversário. É maluco como eu.
Faça de conta que você virou presidente do Corinthians: renova ou não com o Guerrero?
Sem desrespeitar o ídolo que o Guerrero é, mas não tem a menor condição de pagar R$ 20 milhões de luvas. Aqui não é Europa! E eu não caio nessa de que ele tem proposta de fora.
Agora, você preside o São Paulo: mantém o Rogério Ceni?
Ele só se aposenta quando quiser. O problema não é ele, mas os outros, que não pegam mais do que ele. Sem contar que o Rogério Ceni é obcecado por vitórias e isso faz bem.
Se fosse presidente do Santos, assumiria o Pacaembu?
Na hora. Não dá para jogar na Vila Belmiro para cinco mil pessoas, enquanto no Pacaembu tem quase sempre 20 mil. A Prefeitura de São Paulo deveria fazer um preço camarada.
Se comandasse o Palmeiras, faria o que com o Valdivia?
Ele ganha R$ 500 mil por mês, né? Se quiser continuar, assina por R$ 120 mil. Se não, pode ir.
Você não esconde de ninguém que é corintiano e até tem um filho chamado Marcos São Jorge. Mas para qual time torcia na infância?
Eu era fanático pelo Bahia. Já na pelada, meu time era o Santos, pois era o mais fácil de fazer uniforme. A gente pegava camisas desbotadas, pintava o distintivo e saía para jogar.
É verdade que você quase jogou no Palmeiras da Parmalat?
Pior que é. Em 1994, o Palmeiras contratou o Alex e o Paulo Isidoro. Era para eu ter ido na mesma barca, mas o presidente do Vitória, o Paulo Carneiro, preferiu me vender para o PSV. Agradeço até hoje ao Paulo, que me impediu de fazer essa cagada.
Teve proposta do Santos?
Foi quando eu saí do Corinthians e o Vanderlei Luxemburgo queria me levar para o Santos. Pelo meu corintianismo, recusei a proposta e fui para o mundo árabe.
O rebaixamento para a Série B, em 2007, manchou seu currículo no Corinthians?
Acho que não. Qual outro ídolo foi campeão mundial e caiu? E a verdade é que o time foi rebaixado porque era muito ruim. O pior elenco em que já joguei.
O que acha do Itaquerão?
Acho bonito, mas eu sempre sonhei que o Corinthians seria dono do Pacaembu, meu estádio preferido. O pior é que ganhei sete títulos pelo Timão, nenhum deles no Pacaembu.
O que sente quando ouve que o Júlio Baptista ganha R$ 1 milhão de salário mensal?
Acho um absurdo. Meu maior salário no Brasil foi R$ 120 mil no Corinthians. Lá fora, ganhei R$ 250 mil na Inter de Milão. Essa diferença ajuda a explicar por que todos os clubes estão devendo na praça.
Você declarou certa vez que o Flamengo fingia lhe pagar e você fingia jogar... Já recebeu aquele dinheiro?
Recebi do Corinthians, que havia feito um acordo com o Flamengo. Por incrível que pareça, não tenho um centavo a receber de time nenhum.
Você só teve 20 mil votos quando concorreu a deputado por São Paulo. Por quê?
Só? Achei que tive muito, porque não saí da Vila Maria para pedir voto.
Então, por que se lançou?
Eu só aceitei porque o Manoel do Canto e o Campos Machado insistiram e pagaram a campanha toda. Não tenho a cara de pau de pedir voto para quem nunca vi. Se for para ser político, serei na minha cidade, Nazaré das Farinhas, onde dou cestas básicas, ambulância, empresto meu cinema...
Arrepende-se de ter posado nu ou de ter dado cambalhota na rampa do Palácio do Planalto após o Mundial de 2002?
Não me arrependo de nada. Com os R$ 80 mil que ganhei para sair pelado, reformei meu cinema inteiro. Já a cambalhota... joguei 19 minutos naquela Copa e sou mais lembrado do que o Ronaldo. Vim bebendo desde o Japão e cheguei no palácio pra lá de Bagdá.

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