Evandro foi baleado diversas vezes e morreu no local. Lucas tentou fugir, mas caiu cerca de um metro adiante
Gil Santos (gilvan.santos@redebahia.com.br)
Dois mototaxistas foram assassinados no ponto em que trabalhavam, na Avenida Barros Reis, por volta das 16h de ontem. Segundo testemunhas, Lucas Manoel Rodrigues Correia, 20 anos, e Evandro Leite Silva, 30, estavam na Rua Marquês de Maricá (Ladeira do Pau Miúdo) quando um Uno preto, com quatro homens, parou. Um dos ocupantes começou a atirar ainda dentro do veículo na direção dos mototaxistas.
Lucas: tentou correr e foi morto; Evandro: casado e cinco filhos
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Evandro foi baleado diversas vezes e morreu no local. Lucas tentou fugir, mas caiu cerca de um metro adiante. Passageiros que aguardavam em um ponto de ônibus próximo correram assustados. “O rapaz (Lucas) estava tomando uma salada de fruta. Quando ouvimos os tiros, todo mundo correu”, contou uma mulher que pediu anonimato.
Peritos da Polícia Civil informaram que o corpo de Lucas apresentava 20 perfurações; já o de Evandro, 10. “Pelas características, foi execução”, afirmou um dos policiais. Segundo os parentes de Evandro, ele era casado e pai de cinco filhos. A família mora no Pau Miúdo. Há três anos, ele trabalhava no ponto como mototaxista. “Esse era o ganha-pão dele. Ele andava sempre arrumado e era uma pessoa muito alegre”, contou uma das tias de Evandro, que pediu anonimato.
Segundo ela, o sobrinho nunca relatou estar sendo ameaçado. “A gente ainda não sabe o que aconteceu, mas ele nunca disse nada sobre ameaças”, disse.
Já Lucas era o caçula de três irmãos, não era casado, nem tinha filhos. De acordo com a cabeleireira Amanda Almeida, amiga da família do jovem, minutos antes do crime, Lucas apareceu no salão de beleza da irmã e pediu para deixar o celular carregando. Logo depois, desceu para trabalhar. Segundo Amanda, a família estava preocupada em como avisar a mãe do mototaxista, que está recém-operada. “Ela fez uma cirurgia do coração e voltou do hospital ontem (anteontem)”, contou.
Crime aconteceu no meio da rua (Foto: Robson Mendes)
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Moradores reclamaram da insegurança no local. “Os assaltos são frequentes neste ponto de mototáxi. Eu não sei como os meninos ainda trabalham aqui”, contou a auxiliar de serviços gerais Silvia Andrade. Familiares de Lucas e Evandro disseram que os dois trabalhavam no mesmo ponto de mototáxi e que por isso se conheciam, mas negaram que fossem amigos.
Ainda segundo parentes, eles eram proprietários das motos que usavam para trabalhar. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apura a autoria e motivação dos crimes.
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