quarta-feira, 25 de março de 2015

Mulher é assassinada por ex diante de hospital no RS; imagens registram ataque




Imagens mostram mulher sendo atacada por ex em hospital no RS
Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)




(Foto: Reprodução)


Uma mulher de 34 anos foi assassinada pelo ex-marido na frente de um hospital em Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul, na madrugada de domingo (22).

Imagens divulgadas ontens mostram a mulher sendo atacada dentro da unidade médica pelo ex, que baleou um segurança e depois a arrastou para frente do hospital, onde acabou por matá-la.

Mirian Roselene Gabe foi à delegacia na noite de sábado para registrar queixa de agressão e ameaça de morte feita pelo ex.

O policial de plantão disse que ela deveria ir a um hospital fazer exames que comprovassem a agressão para então voltar e registrar a ocorrência. No hospital, a mulher foi atacada pelo ex.

As imagens das câmeras de segurança mostram uma mulher e uma criança na sala de emergência esperando atendimento.

Mirian é vista então correndo, perseguida pelo ex. Um segurança da unidade corre tentando socorrê-la, mas é baleado pelo homem. A mulher então é arrastada para fora pelos cabelos. Diante do hospital, ela foi morta com três tiros, dois deles no rosto.

O Ministério Público questiona porque Mirian não recebeu imediata proteção policial, como determina a lei. "Quando ela chegou na delegacia e informou ao policial, independente dele fazer o registro, ela já estava fazendo a ocorrência verbalmente. Então, a partir deste momento, ela já estava sob proteção da polícia", disse à Globo o promotor Pedro Porto.
A chefia da Polícia Civil do Vale do Rio Pardo admite que a falha no atendimento à mulher aconteceu por conta da falta de agentes - a unidade deveria ter três policiais e contava somente com um, que não podia deixar o posto de trabalho.
"Não dá pra trabalhar com excelência com só um policial de plantão na segunda cidade mais violenta da região. Então, a gente corre este risco. E eu não estou fazendo um pré-julgamento da atitude do meu policial, que eu vou avaliar em um processo administrativo. Mas a gente corre o risco de acontecer situações como esta”, alega o delegado regional Julci Severo.
O criminoso, Julio Cesar Kunz, 35 anos, foi preso na segunda e confessou o crime. Ele e Mirian tinham um filho de 9 anos. O segurança baleado passou por cirurgia e segue internado, sem correr risco de morrer.

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