Polícia investiga sequestro de jovem morto após pagamento de resgate

Em negociação, por telefone, a família de Marcos Xavier Macedo teria chegado ao valor de R$ 8 mil

Marília Moreira* (marilia.moreira@redebahia.com.br)

O sequestro e morte de um jovem de 25 anos, encontrado no último domingo (8), no bairro de Valéria, em Salvador, está sob investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). No final da manhã desta terça-feira (10), amigos e parentes da vítima, identificada como Marcos Xavier Macedo, chegaram a fazer um protesto no bairro da Ribeira, com queima de pneus e interdição de ruas.

De acordo com familiares, Marcos Xavier Macedo foi sequestrado por quatro homens próximo ao local onde morava, no bairro da Ribeira, no último sábado (7). Os sequestradores, que estavam em um carro modelo Fiesta, de cor prata, chegaram a se identificar como policiais; um deles estaria encapuzado. 

Logo após a ocorrência, familiares e testemunhas foram até a 3ª Delegacia de Polícia Civil (Bonfim) verificar se o rapaz tinha sido levado para a unidade. Lá, o caso foi registrado como um sequestro e encaminhado para o DHPP.

Ainda no sábado, os sequestradores entraram em contato com a família da vítima para pedir resgate. Em negociação, por telefone, a família teria chegado ao valor de R$ 8 mil. A forma como a quantia foi repassada ainda é desconhecida. Também não há informações sobre se o valor corresponde a todo resgate requerido pelo grupo.

De acordo com a Polícia Civil, apesar de o corpo ter sido localizado no domingo, a identificação só foi ocorrer na segunda-feira. Um levantamento prévio aponta que a vítima foi morta com três tiros na cabeça, um no braço e outro nas costas.

A polícia, no entanto, ainda investiga a natureza da crime, que até o momento vem sendo encarado como um homicídio. Se as investigações apontarem para um crime de extorsão mediante sequestro, o caso poderá ser encaminhado para a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos.

Em nota, a Polícia Militar da Bahia informou que as denúncias de familiares e testemunhas sobre a apresentação do grupo de sequestradores como sendo policiais foram encaminhadas para a Ouvidoria Geral da Polícia Militar para que sejam investigadas oficialmente e para que as devidas providências sejam adotadas o mais rápido possível.

*Com informações do repórter Diogo Costa