terça-feira, 7 de abril de 2015

Crise: empresa anuncia paralisação de unidades de perfuração de petróleo



Por Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
A companhia Schahin Óleo e Gás comunicou à Petrobrás a paralisação de cinco unidades de perfuração, entre navios sondas e plataformas, que operavam para a estatal.

A empresa precisaria de cerca de US$ 120 milhões para continuar operando, mas não conseguiu o financiamento que vinha tentando negociar nas últimas semanas.
Das cinco unidades que vão ser paralisadas, estão os navios sondas Lancer, Serrado e Sertão, alguns com capacidade de perfuração de mais de 11 mil metros de profundidade, e as plataformas Amazônia e Pantanal. A Petrobrás não soube informar qual o impacto para os seus negócios, mas segundo algumas fontes, os navios e as plataformas eram apenas de pesquisa e perfuração, sem que jorrasse petróleo por elas. Sendo assim, a produção atual da estatal pode ser preservada.
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostra que a situação financeira da Schahin vai ficando cada dia mais delicada e a empresa caminha para um pedido de recuperação judicial. Fontes próximas à companhia entendem que o pedido à Justiça não deve passar da próxima semana. A empresa de óleo e gás tem cerca de US$ 4,5 bilhões em dívidas. Tem neste ano um descasamento de US$ 1 bilhão entre o que precisa pagar de financiamento e suas receitas. Fontes ligadas à Schahin dizem que o caixa da empresa acaba na semana que vem, mas a paralisação foi comunicada à Petrobrás com antecedência para que as unidades pudessem ser trazidas com segurança à terra.
 Em nota, a estatal informou que com a Schahin está planejando a paralisação das atividades de forma segura. "A Petrobrás está avaliando as medidas contratuais cabíveis", disse a empresa. Já o grupo Schahin informou por meio da assessoria que não iria se manifestar.
A situação da Schahin se complicou depois que o mercado de crédito se fechou para o setor com a Operação Lava Jato. A empresa foi citada nas investigações, mas não estava na lista das 23 empresas que tiveram futuros negócios suspensos com a Petrobrás por suspeita de cartel. A empresa, no entanto, entrou na lista no mês passado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário