Assassinato aconteceu na noite de sexta-feira (11) em Pindamonhangaba.
Suspeito preso nesta segunda (14) foi levado para a cadeia de Caçapava.
Do G1 Vale do Paraíba e Região
A venda de um terreno foi o que motivou o metalúrgico aposentado Eduardo Rodrigues Dorsner, de 67 anos, a matar a advogada Nilza Hins, de 62 anos, na noite de sexta-feira (11), em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. Em depoimento à Polícia Civil nesta terça-feira (15), o aposentado confessou, em detalhes, o crime (veja o vídeo acima).
"Eu estava muito embriagado. Eu não vou dizer que eu não sabia o que eu tava fazendo... eu tirei o revólver e atirei nela. Lembro que ela levantou o braço e fez: 'você ficou louco', ela falou para mim. Eu atirei, ela estava caída, eu atirei de novo", afirmou à polícia.
Os investigadores chegaram até o suspeito por meio de testemunhas e imagens de câmeras de segurança. Em uma hora de depoimento ele contou como tudo aconteceu e se disse envergonhado pelo crime. "Eu me envergonho...nossa vida. Deus que me perdoe. Quando eu saí do cartório, eu saí transtornado. Eu queria matar ela, na verdade, eu queria matar ela", disse.
Nilza foi morta na rua do escritório onde trabalhava,em Pinda (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)
No depoimento, o suspeito afirmou ainda que já esperava ser preso pelo crime. "Desde sexta-feira eu não me ausentei de Pindamonhangaba. Eu fiquei na minha casa, porque já aguardava a visita da polícia".
O suspeito estava com a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça e foi levado para a cadeia de Caçapava. Ele vai ser indiciado por homicídio doloso - quando há a intenção de matar.
Motivação
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito é um metalúrgico aposentado e estaria enfrentando problemas financeiros. Para tentar resolver o problema, ele decidiu vender um imóvel na cidade, mas alegou que a advogada, que é prima da esposa dele, teria atrapalhado a negociação.
O aposentado relatou no depoimento que tinha uma dívida de R$ 140 mil e que usaria o dinheiro da casa, avaliada em R$ 200 mil, para quitar o débito. Mas o imóvel tinha um processo, defendido pela advogada, o que impedia a venda. Segundo a polícia, quando descobriu que uma possível venda não seria concretizada, ele teria ficado nervoso e, após uma discussão, atirou várias vezes contra a advogada.
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