Artilheiro do time, Messi desta vez foi decisivo com um grande passe para o gol de Di María
Estadão Conteúdo (redacao@correi24horas.com.br)
Com mais uma performance salvadora de Lionel Messi, a seleção da Argentina superou o seu jogo morno, a retranca da Suíça e conquistou uma suada vitória na prorrogação para buscar a sua vaga nas quartas de final da Copa do Mundo, nesta terça-feira.
Artilheiro do time, Messi desta vez foi decisivo com um grande passe para o gol de Di María que sacramentou o triunfo argentino por 1 a 0, aos 12 minutos da segunda etapa do tempo extra, no estádio Itaquerão, em São Paulo.
(Foto: AFP)
O confronto contou com mais um emocionante fim de jogo nesta Copa. A poucos segundos do apito final, a Suíça acertou uma bola no pé da trave e teve uma grande chance em cobrança de falta. Somente depois da pressão final que a torcida argentina pôde enfim comemorar aliviada a vaga na próxima fase do Mundial. Como aconteceu na primeira fase, a Argentina voltou a fazer uma partida burocrática, dependendo mais uma vez das jogadas inspiradas do seu craque.
Messi praticamente jogou sozinho nesta terça, com Higuaín e Lavezzi apagados e Di María em uma tarde sofrível. Em um raro momento de felicidade nesta terça, o jogador do Real Madrid balançou as redes e ofuscou os erros cometidos no tempo normal.
(Foto: AFP)
Para buscar a classificação, a Argentina contou também com as limitações do ataque suíço. Os europeus criaram ao menos três grandes chances para balançar as redes, mas pecaram nas finalizações. Sem sucesso no ataque, a Suíça se defendeu muito bem, pelo menos até os minutos finais da prorrogação.
(Foto: AFP)
O jogo
Como os demais confrontos das oitavas de final, a partida entre Argentina e Suíça começou lenta, amarrada, com os dois times se estudando. O duelo dentro de campo era ofuscado pela batalha nas arquibancadas entre argentinos e brasileiros, apoiando sem disfarçar a equipe suíça.
As já conhecidas músicas da torcida do time de Messi eram contra-atacadas pelo coro de “pentacampeão” dos anfitriões. Os fãs de ambos os times só tiveram motivo para vibrar com o que acontecia dentro de campo a partir dos 25 minutos.
Foi quando a Suíça começou a levar perigo ao gol de Romero, fazendo valer a sua estratégia de apostar todas as suas fichas no meia-atacante Shaqiri. Em uma rápida investida pela linha de fundo, na direita, ele deu lindo drible em Garay e cruzou para finalização de Xhaka. Romero fez grande defesa, mas cedeu rebote. E Lichtsteiner encheu o pé para nova defesa do goleiro argentino.
A resposta da Argentina foi rápida. Aos 28 minutos, Lavezzi pegou sobra dentro da pequena área e bateu fraco. Benaglio defendeu com tranquilidade. Aos poucos, o time argentino ia acertando seu setor ofensivo e Messi já ensaiava boas tabelas com Di María. Maior esperança do time argentino, o camisa 10 sofria com a forte marcação.
Djorou era o principal homem suíço na defesa, praticamente impecável no primeiro tempo. Enquanto a defesa se destacava, o ataque ficava devendo, com exceção de Shaqiri. Na melhor chance da etapa inicial, Drmic foi lançado pela esquerda, em rápido contra-ataque suíço, aos 38 minutos. Mas, cara a cara com Romero, bateu muito fraco na tentativa de encobrir o goleiro, que mal fez esforço para evitar o gol.
(Foto: AFP)
O jogo seguiu aberto no segundo tempo, com chances para os dois lados. Mas foi a Suíça quem ameaçou primeiro, em cobrança de falta de Shaqiri. Daí em diante só deu Argentina. Com Messi centralizado, Di María pela esquerda e Higuaín e Lavezzi mais avançados, o time tocava a bola na borda da área suíça, à espera do melhor momento para o bote. Rojo, aos 13, enfiou o pé da esquerda e deu trabalho para Benaglio, que três minutos depois defendeu forte cabeçada de Higuaín.
Aos 21, foi a vez de Messi bater forte de fora da área. A bola raspou o travessão. Insatisfeito, o técnico Alejandro Sabella trocou Lavezzi por Palacio, que teve boa chance de abrir o placar assim que entrou em campo, aos 30. Mas era Messi quem seguia protagonizando as principais chances argentinas. Aos 33 minutos, o atacante criou a sua melhor oportunidade ao deixar dois marcadores para trás e bater firme entre os zagueiros. A bola passou entre as pernas de dois rivais antes de Benaglio cair no canto para evitar o gol.
O bom desempenho dos dois goleiros levaram a partida para a prorrogação, na qual as duas equipes repetiram seus erros. Os suíços, com suas dificuldades no ataque - Shaqiri com frequência atacava sozinho. E os argentinos, com seu time fragmentado pelas distâncias entre defesa e ataque, algo tão criticado por Alejandro Sabella em suas entrevistas.
A seleção sul-americana seguia apostando em Messi, mas no tempo extra até ele já estava esgotado. Afora uma finalização perigosa de Di María, pela direita, o tempo extra não contou com maiores emoções no primeiro tempo.
(Foto: AFP)
O roteiro se repetia na segunda etapa até que Messi, em mais um daqueles lances inspirados, invadiu a intermediária pelo meio, se aproximou da área e só rolou para Di María bater rasteiro da direita. A bola atravessou a área e morreu no canto direito de Benaglio.
A torcida argentina presente no Itaquerão vibrou nas arquibancadas, mas só comemorou aliviada depois que a Suíça acertou a trave, com Dzemaili, aos 15 minutos, e carimbou a barreira, em cobrança de falta de Shaqiri, aos 16. Até o goleiro Benaglio jogou na área argentina nos instantes finais, mas não pôde evitar a derrota e a eliminação da Suíça na Copa.
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