Ainda bem que o Brasil apresentou esta ótima virtude durante a Copa, cujo último e triste capítulo se desenvolveu nesta tarde de sábado, com a derrota para a Holanda e, sequer, ficando com o terceiro lugar.
Soubemos perder! O público das 12 sedes da competição e mesmo nas ruas e nas praças deste país soube entender nossas fragilidades e teve a grandeza de aplaudir os mais fortes.
Ficou bem claro, após o nocaute deste último round que o problema não pode ser delimitado à ineficiência do treinador Felipão, que não apresentou nada de novo ou da falta de empenho de nossos jogadores, muito menos por ter havido apagão, porque alguns que ficaram no banco deveriam ter entrado.
O motivo é simples e pode ser resumido em poucas palavras: nosso time é de má qualidade, não temos uma safra de bons jogadores... Só ganhamos ou empatamos contra times fracos, ainda assim com grandes dificuldades, mas contra os de melhor qualidade, perdemos de forma inquestionável.
Fomos implacavelmente goleados pela Alemanha (7x1) e nossa luta contra a Holanda não conseguiu evitar outra derrota vergonhosa (3x0). E que se faça justiça: se o campeonato tivesse sido por pontos corridos, seríamos superados por França, Colômbia e Costa Rica. E terminaríamos lá pelo oitavo ou nono lugar. Lastimável.
Uma coisa, porém, tem que ser reconhecida: só fomos campeões nas arquibancadas, nas ruas e nas praças. Porque o grande vencedor desta Copa foi o torcedor brasileiro, que mostrou para o mundo que, mesmo diante das dificuldades, carrega no peito, além do penta campeonato mundial, várias outras estrelas que encerram solidariedade, fraternidade e inigualável grandeza de respeito às regras do jogo e da dignidade humana.
Edson Almeida* é comentarista esportivo no Galáticos, exibido pela Itapoan FM
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