segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Após denúncia da Metrópole, PRE pede cassação de Suíca por uso eleitoral de ONG


Após denúncia da Metrópole, PRE pede cassação de Suíca por uso eleitoral de ONG
Foto: Metropress
Após denúncia do Jornal da Metrópole na edição do dia 24 de julho, a Procuradoria Regional Eleitoral na Bahia (PRE/BA) ajuizou uma representação por conduta vedada contra o vereador de Salvador, Luiz Carlos Santos Lima, o Suíca (PT), o presidente da organização não-governamental Grupo Alerta Pernambués (GAP) e o secretário de Promoção Social e Combate à Pobreza, Henrique Gonçalves Trindade. De acordo com a PRE, a ONG foi utilizada para fazer propaganda eleitoral de Suíca, que disputou eleição ao cargo de deputado estadual, tendo ficado na suplência. Por conta disso, a PRE pede que o Tribunal Regional Eleitoral na Bahia (TRE/BA) casse o registro ou o diploma do candidato e aplique multa para o presidente da ONG e o secretário de Promoção Social. 

Entidade de utilidade pública municipal, o GAP atende a boa parte da população de baixa renda dos bairros de Pernambués e Narandiba, com opções de atendimento médico, encaminhamentos para realização de exames, cursos de qualificação profissional, além de acesso a computadores para inscrição no Programa Minha Casa Minha Vida. Apesar de prestar relevantes serviços sociais, a ONG fazia propaganda eleitoral ostensiva de Suíca. O vereador é um dos fundadores do ONG, cuja sede está instalada no bairro em que estudou e onde mantém um de seus redutos eleitorais.

Ainda segundo o órgão, o uso da ONG para fins eleitorais foi comprovado por meio de fotos disponibilizadas no próprio site da ONG com Suíca e outros políticos carregando cartazes com o seu número de campanha; por meio de uma matéria jornalística feita pelo Jornal da Metrópole, de depoimentos prestados à PRE e de um áudio que vincula o gabinete do vereador à ONG, já que a atendente do gabinete afirma, no áudio, que o "Grupo Alerta Pernambués, uma instituição que faz parte do projeto do vereador".

De acordo com o procurador eleitoral auxiliar André Batista Neves, Suíca fez uso e foi beneficiário, na campanha eleitoral, de serviços públicos de caráter social, dotados de grande potencial de atração de eleitores, além de ser o controlador de fato da ONG. O secretário responde à representação por deixar de fiscalizar a prestação de serviços públicos, que tinham sido delegados à ONG e, com isso, permitiu seu uso eleitoreiro. 

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