A vaquejada na Bahia parece não ter futuro definido. Apesar do projeto do deputado estadual, Adolfo Viana (PSDB), que reconhece a vaquejada como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado, ser aprovado, o fim da atividade já é bandeira de mandato do parlamentar eleito, Marcell Moraes (PV). Ao Bocão News, o verde rebateu as declarações do tucano, de que seu desejo é preservar a história e direitos culturais. “Mais cedo, mais tarde vamos acabar com a vaquejada”, disse Marcell.
O atual vereador não pretende pedir a revogação da lei, que ainda será sancionada pelo governador Jaques Wagner. Marcell afirmou que apresentará logo na primeira semana de trabalho na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o projeto de lei que derrubará o atual. “Eu não tenho interesse nenhum em fazer nada agora. Quando o meu projeto for aprovado, ele cai. Agora, só peço que me esperem para debater. É um pedido da sociedade. Eles anteciparam essa aprovação porque estão com medo”, disse.
Moraes voltou a afirmar que o parlamentar compõe a bancada ruralista da Alba e sofre pressões dos empresários envolvido na vaquejada. “Eles estão fugindo de mim, mas essa atitude só me fortalece”, ostenta o vereador.
O edil ainda ressaltou que não é contra aos shows e a atividade econômica formada a partir do evento, mas aos maus tratos contra os animais. E logo após a notícia de que o projeto foi aprovado, o vereador publicou em redes sociais um desabafo.
Ao falar sobre seu futuro colega de plenário, Marcell Moraes se esquivou. Durante votação na Alba, nesta quarta-feira (19), Viana foi questionado pela reportagem deste site se temeria ações do edil ao jogar pastas, referindo-se à briga do verde com Léo Prates. O tucano respondeu: ‘ele sabe muito bem em quem rumar pastas’. Sobre a declaração, Moraes recuou. “Adolfo é meu amigo. Este é só um embate de bandeiras. Gosto muito dele e o respeito”, disse.
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