Último arqueiro com passagem pelas categorias inferiores do clube foi Márcio, titular na campanha da Série B de 2004
Gabriel Rodrigues (redacao@correio24horas.com.br)
Defendida por Marcelo Lomba desde 2011, a camisa um do Bahia vai voltar a ser usada por um jogador formado nas divisões de base do clube após 11 anos. Com a saída de Lomba, emprestado à Ponte Preta, o goleiro Omar vai ganhar chance na equipe de cima. O último arqueiro da base do Esquadrão que teve sucesso no time principal foi Márcio, destaque na campanha do Campeonato Brasileiro da Série B de 2004.
De lá para cá foram nada menos que 17 goleiros diferentes no clube. O diretor de futebol, Alexandre Faria, já deixou claro que o Tricolor não vai buscar outro jogador para a posição e vai apostar nos jovens Douglas Pires e Omar, que desbancou o companheiro e vai ter chance no time de Sérgio Soares.
"Tenho certeza que estamos bem preparados. Quem o professor optar vai ser a melhor escolha. O Bahia tem três grandes goleiros e todos estão preparados para assumir a posição. Essa opção a gente deixa para o treinador. O Bahia é que vai ser beneficiado. Temos três grandes goleiros (Omar, Douglas Pires e Guido). Ainda tem o Jean, que daqui a pouco estará integrado com a gente de novo", disse Omar.
No Bahia desde de 2009, Omar chegou ao clube indicado pelo preparador de goleiros Ricardo Palmeira, com quem trabalhou no Cruzeiro, para reforçar a divisão de base. Ficou nas categorias inferiores durante um ano e em 2010 ganhou as primeiras chances no time principal. Esteve em campo em momentos importantes do clube, como no jogo do acesso à primeira divisão, quando Bahia bateu a Portuguesa por 3 a 0, no estádio de Pituaçu.
Há seis anos no Bahia, Omar participou de momentos importantes do clube (Foto: Felipe Oiveira/Divulgação/ECBahia)
As boas atuações fizeram Omar cair nas graças da torcida, mas o goleiro seguiu no banco de reservas. A maior sequência aconteceu em 2010, quando ganhou a vaga do criticado Tiago durante o Campeonato Baiano. Porém, o arqueiro voltou a ser a terceira opção da equipe no Brasileirão após a contratação de Marcelo Lomba.
Sem chances no time titular, Omar chegou a ser especulado em outras equipes, mas seguiu no Fazendão. Na temporada passada, o goleiro sofreu uma lesão no joelho, passou por cirurgia e perdeu espaço no banco para o amigo Douglas Pires. Porém, o goleiro deu a volta por cima em 2015, e parece ter conquistado a confiança do treinador. Confira na linha do tempo os goleiros que defenderam o Esquadrão:
Outros goleiros
Durante o período, outros goleiros passaram pelo Fazendão, mas sem muito prestígio. Alguns deixaram o clube sem nunca ter vestido a camisa azul, vermelha e branca em uma partida oficial.
França - Contratado em junho de 2006, a pedidos do técnico Mauro Fernandes, França não teve muitas chances no time que tinha Darci como titular. Em agosto do mesmo ano o goleiro alegou problemas particulares e rescindiu contrato com o clube. Dias depois foi anunciado como reforço do Náutico para a disputa da Série B.
Sérgio - Experiente, chegou ao Tricolor para a disputa da Série C após deixar o Palmeiras. No Esquadrão, amargou a reserva de Márcio Angonese e disputou apenas um jogo do Brasileirão. Fez parte do elenco que conquistou o acesso à segunda divisão em 2007.
Fernando Wellington - Com a suspensão de Renê, pego no exame antidoping, a direção do Bahia anunciou a contratação do goleiro Fernando Wellington, que estava no Caxias-RS. O jogador chegou para compor elenco e acabou não atuando com a camisa do clube durante a Série B de 2010. Ao fim da temporada, Fernando deixou o Tricolor e foi acertou com o Guarani.
Jair - Destaque do Bahia de Feira campeão do Baianão de 2011, Jair assinou com o Tricolor após o estadual. Com a chegada de Marcelo Lomba ao time, o goleiro não teve espaço no clube e se tornou a quarta opção para o setor. No ano seguinte Jair deixou o clube e acertou com o Joinville.