quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Nilo quebrará mais um paradigma: Presidente da Alba será de partido de oposição



Por David Mendes (Twitter:@__davidmendes) | Fotos: Gilberto Júnior / Bocão News

Nilo está confiante na reeleição, mas pleito pode ter reviravoltas e acabar em segundo lugar
 
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Marcelo Nilo, do PDT, partido de oposição ao governo do Estado, poderá quebrar mais paradigmas na política baiana.
 
Como já considera sua reeleição fato consumado no próximo dia 2 de fevereiro, sob as bênçãos de Iemanjá, Nilo se tornará o político que mais tempo passou sentado na cadeira de chefe do Legislativo baiano - uma década no total.
 
O pedetista agora corre contra o tempo para quebrar mais um paradigma: o de ser o presidente da Assembleia Legislativa integrante de um partido oposicionista ao governo. Desde a redemocratização, conforme pesquisas, todos os presidentes eram correligionários ou de partidos aliados do governador. Durante a era carlista, por exemplo, comandaram a Alba personalidades políticas ligadas ao ex-senador Antônio Carlos Magalhães como o deputado federal Antônio Imbassahy, hoje no PSDB; Otto Alencar, hoje no PSD; e Carlos Gaban (DEM), fiel escudeiro do líder carlista.
 
Além de um membro de um partido oposicionista jamais presidir a Alba, os anais da história mostram que todos só sentaram na cadeira de presidente pela vontade do chefe do Poder Executivo. O problema é que mesmo que o governador Rui Costa tenha ascendido uma suposta "luz amarela", Marcelo Nilo deverá mesmo registrar mais um feito das suas peripécias políticas, desde que deixou a chefia de Gabinete da prefeitura de Antas, no interior do estado, há 30 anos.
 
O PT até tem uma carta na manga para manter o curso da história, o que garantirá noites de sono ao chefe do Executivo, que é petista. Basta apenas Rui Costa dizer o que quer. Se confia em Nilo, como Wagner confiou, ou banca a candidatura, na surdina, de um dos seus fies escudeiros para presidir a Casa. Agora, só quando a urna for aberta no plenário para sabermos o placar do jogo.
 

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