domingo, 20 de abril de 2014

CBF DERRUBA LIMINAR E PORTUGUESA CORRER O RISCO DE IR PARA SERIE C


CBF derruba liminar e Portuguesa volta para a Série B

Carlos Junior/Folhapress
Jogadores da Portuguesa voltam ao vestiário em Joinville após saírem de campo em razão de ordem judicial


A CBF conseguiu na noite deste sábado derrubar a liminar que devolvia quatro pontos à Portuguesa no Campeonato Brasileiro do ano passado e desta maneira a equipe volta para a Série B. A medida foi tomada pelo plantão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, e é provisória. O ministro de plantão entendeu que a 3ª vara cível de São Paulo não está autorizada e emitir liminares sobre o caso porque as instâncias superiores da Justiça determinaram que todas as decisões sejam concentradas no fórum da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. 

Outra consequência é a Portuguesa voltar a entrar em campo pela Série B. Isto porque o advogado do clube, Daniel Neves, disse que o time vai acatar as determinações judiciais. Seguindo este raciocínio, sem os quatro pontos a Lusa fica entre os rebaixados.

Neves acredita que a CBF acionou o STJ com medo de uma "surpresa" no jogo do Flamengo neste domingo pela primeira divisão. Com a liminar da Portuguesa valendo a equipe estaria na Série B e existia o risco de nova ordem judicial obrigando o rubro-negro a deixar o campo porque não pertence a elite do futebol brasileiro.

A guerra no tribunais travada entre a Portuguesa e a CBF causou o abandono do time paulista da partida de estreia na Série B. O time viajou até Santa Catarina para o jogo contra o Joinville na sexta-feira mesmo com uma liminar mantendo a equipe na primeira divisão, mas a bola rolou apenas por 17 minutos. Neste momento o filho do presidente da Lusa apresentou uma liminar impedindo que o clube entrasse em campo. O motivo era a desobediência a uma decisão judicial tomada em São Paulo em favor do torcedor Renato de Britto Azevedo mantendo o time na primeira divisão.

Ocorre que para a CBF a liminar não tinha validade porque a Justiça havia determinador que somente o fórum da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, poderia tomar decisões sobre o caso. Este foi o argumento usado para conseguir a liminar na noite deste sábado e acatado pelo STJ.

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