Português manda a campo equipe defensiva e anula ações ofensivas da equipe colchonera, que, mesmo jogando em casa, fica no 0 a 0, com Diego Costa apagado
Correria, discussões, lesões, cartões e muita luta. O jogo de ida da semifinal da Liga dos Campeões entre Atlético de Madrid e Chelsea não foi um espetáculo técnico, mas não decepcionou quem esperava uma partida brigada e disputada em cada centímetro do campo. O Atleti, grande sensação da temporada europeia, esbarrou na retranca armada pelos Blues e ficou no 0 a 0 em casa. Melhor para os ingleses, que decidem em Londres uma vaga na decisão.
Mesmo com o grande apoio da torcida, que lotou o estádio Vicente Calderón, o Atlético, que teve Diego Costa, Miranda e Diego entre os titulares, não conseguiu transformar o domínio territorial, praticamente concedido pelo Chelsea, em gols. Agora, precisará de melhor pontaria na partida de volta, que acontece na quarta-feira da semana que vem, em Stamford Bridge, às 15h45 (de Brasília). Novo 0 a 0 leva o jogo para a prorrogação, enquanto um empate com gols classifica os colchoneros.
A missão do Chelsea, porém, também será difícil. Os Blues perderam Lampard e Mikel, suspensos por receberem o terceiro cartão amarelo, e também devem ficar sem Terry e Cech, que se lesionaram na partida - o goleiro, que sofreu uma luxação no ombro logo no início do duelo, foi encaminhado para um hospital em Madri para ser examinado.
Jogadores de Atlético e Chelsea discutem: pouco futebol e muita luta no Vicente Calderón (Foto: AP)A RETRANCA DE MOURINHO
Cauteloso, José Mourinho mandou a campo uma formação extremamente defensiva: Oscar ficou no banco de reservas, e Fernando Torres, enfrentando o clube que o revelou, foi escalado sozinho no ataque, com Willian fazendo a ligação auxiliado por quatro volantes: Ramires, Lampard, David Luiz, novamente improvisado, e Mikel. A ideia do português era clara: tirar o Atlético de Madrid da zona de conforto e obrigar a equipe colchonera a jogar num estilo diferente do resto da temporada, tomando a iniciativa em vez de aproveitar os contra-ataques.
David Luiz disputa a bola no meio de campo: brasileiro voltou a ser escalado como volante (Foto: AFP)
A estratégia do Chelsea deu resultado. O Atlético teve mais posse de bola, mas sofreu para furar a retranca inglesa, ameaçando apenas em escanteios e cobranças de falta - Diego Costa finalizou duas vezes, mas sem muito perigo. Como os Blues também não conseguiam encaixar contragolpes, com o solitário Torres sendo pouco acionado apesar de se esforçar muito, o jogo teve pouquíssimas emoções na etapa inicial.
Os lances mais importantes aconteceram com a partida paralisada. Aos oito minutos, Diego Costa trocou empurrões com Terry, discutiu com o zagueiro e teve de ser apartado pelo árbitro. Aos 17 minutos, Cech sofreu uma luxação no ombro direito ao cortar um cruzamento e teve de ser substituído pelo veterano Schwarzer, de 41 anos.
Cech cai de mau jeito e lesiona o ombro direito (Foto: Reuters)
TERRY SAI MACHUCADO, E CHELSEA SEGURA EMPATE
Satisfeito com o resultado, o Chelsea não mudou sua postura no segundo tempo. O Atlético tampouco mudou: seguiu insistindo nos cruzamentos na área, buscando Diego Costa, mesmo com Terry e Cahill afastando sem dificuldades. O outro brasileiro colchonero, Diego, tentava levar perigo em chutes de longa distância, mas também não superou Schwarzer.
Nem a saída de Terry aos 27 minutos abalou os Blues. O capitão torceu o tornozelo esquerdo e foi substituído por Schürrle, com David Luiz retornando à zaga, mas a segurança se manteve. O Atlético ainda assustou em cabeçadas de Raúl García e Arda Turan, mas Schwarzer apareceu bem para garantir o empate e levar a decisão da vaga para Londres.
Diego Costa tenta a finalização, vigiado por Cahill: atacante teve poucas chances (Foto: Reuters)
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