Tchau, Marquinhos. Valeu pelo Baiano, e só. Bahia 0x1 Inter
Bahia e Inter tinha tudo pra ser uma reviravolta do Tricolor no Brasileirão. O Bahia jogava em casa, ganhou na Justiça o direito de ter o apoio do seu Torcedor, precisava vencer de qualquer forma pois já entrava em campo na Z4, pressionado pelo bom resultado fora do rival, tinha a estreia do camisa 9 e a volta de Rhayner. Na subida da ladeira da Fonte a resenha girava em torno da chegada de Gilson Kleina e da demissão pré-anunciada de Marquinhos.
Para meu espanto, finalmente ele havia aberto mão dos malditos 3 volantes. Talvez um Canto do Cisne do treinador já demitido. Mas peraí, se o cara já sabia que iria cair fora, como é que deixam ele à beira do gramado? Se Kleina chega à Salvador nesse domingo, ou não, mais tarde saberemos. O problema é entender qual motivação teria o treinador Marquinhos no seu jogo de despedida.
O fato é que o time entrou com 2 volantes, 2 meias e 2 atacantes. Algo solicitado por dezenas de milhares de Torcedores Tricolores pelo mundo. Mas, porém, contudo, entretanto, outrossim... ele colocou Rhayner como meia, e não atacante junto à Kiesa. Ah, como xinguei o ex-técnico por isso. Depois procurei pensar assim: Rhayner está voltando de contusão, não está 100% e por isso ficou um pouco mais estático.
Ainda assim, Henrique (que pra mim não deveria ter entrado) se esforçou muito e ajudou na defesa. Mas nem precisava. O Bahia era superior em campo. E quem disse isso não foi apenas eu, e sim, Abel Braga e seus jogadores. Um deles deixou o primeiro tempo quase comemorando o ponto fora de casa. Kiesa brigava, girava, corria, se esforçava e mostrava porque foi uma contratação quase unânime. Rhayner apanhava mais que lutador ruim de MMA. O time pressionava o Inter, dominava o jogo, mas chutar no gol era uma raridade. Fim do primeiro tempo e algo raro. O Bahia saindo aplaudido de campo.
Na volta, mais aplausos. A sensação era de que o gol sairia a qualquer momento. Mas o Bahia pecava sempre nas finalizações.
Só dava o Tricolor até que o jogador mais frio em campo, foi exigido. Lomba havia tomado chuva durante todo o jogo. Corria no mesmo lugar, fazia polichinelos, pulava pra se aquecer. Ele tentou, mas num jogo onde só dava Bahia, ninguém chutava pra ele. Até que chutaram uma, do meio da rua, e ele aceitou o "Peru da Rodada". Uma pena.
O gol acabou com a força do Tricolor. Em campo o time se perdeu. Titi virou lançador e armador de jogada. Barbio tinha mais medo de impedimento que da zaga adversária. Léo Gago errava todos os passes. Uéliton lembrava Hélder, numa máscara maior que a cara pra chutar de "três dedos", teve a bola do jogo e jogou pra fora. Kiesa tentava ajudar. Branquinho e Pará, tão solicitados pela Torcida, entraram muito mal. Pará melhorou no segundo tempo, Branquinho se picou.
Falta perigosa para o Bahia. Léo Gago chuta na lua. Outra falta. Uéliton joga por cima. Mais uma falta, dessa vez em cima de Emanuel. Ele pega a bola, diz a todos que é dele, mas na hora da cobrança, Sr. Uéliton vai e chuta por cima de novo. A olhada de Emanuel pro volante foi algo fulminante.
A verdade é que o time perdeu o comando. Dentro e fora de campo. O capitão desolado pela falha, passou a calar-se. O treinador demitido e interino, nem saia do banco pra nada. O gol dos caras jogou por terra toda a motivação pra sair da Zona. E deu-se a lógica.
Bora Baêa Minha Porra! Agora acendeu a luz vermelha. Claro que ainda tem muito jogo pela frente, mas é preciso acordar. O time jogou sua melhor partida, porém manteve a triste série de 10 partidas sem triunfo. As contratações chegaram tarde e estão jogando sem a preparação devida. Estreando antes da hora prevista. Mas com o técnico demitido, a esperança é renovar e dar um novo ânimo ao time. Mas o fato é que deixamos uma quenga escapar da Zona, e entramos nela...
Lomba é o vilão do jogo, mas nem de longe é o culpado pela situação. Tem tanta gente pra colocar na fogueira, que faltaria lenha e fogo para tal evento. Sem patrocínio master, sem reposição do craque vendido (cadê os milhões de Talisca), com um técnico que precisou ser demitido e mantendo ele em campo (que maluquice), e agora, com o famoso 10 chegando. Os 10 jogos sem triunfo.
Marquinhos Santos chegou com fama de colocar o time pra cima, e se preciso fosse, jogaria apenas com 1 volante. Perdeu quase uma dezena de partidas jogando com 3 volantes. Outra fama era a de trabalhar com a divisão de Base. Pará, hoje, foi o único jogador da base no Bahia, nos últimos 3 ou 4 jogos. Enfim, em época de eleição, prometeu como político e não cumpriu como os políticos eleitos...
Fonte: futebolbahiano
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