Por Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
Em menos de dois meses, consórcios formados por empresas envolvidas na operação Lava-Jato, que investiga denúncias de corrupção em contratos da Petrobras, demitiram mais de 12 mil trabalhadores em todo o Brasil, segundo balanços das centrais sindicais. Para as próximas semanas, são esperadas novas rescisões, especialmente por causa da deterioração financeira de muitas empresas que caminham para a recuperação judicial — ou já entraram nesse processo.
A situação é grave. De um dia para o outro, centenas de trabalhadores ficaram sem emprego e sem dinheiro — muitos deles ainda não receberam a indenização da rescisão e estão em sérias dificuldades financeiras.
A onda de demissões também atingiu a Bahia. Os problemas surgiram com a sétima fase da operação Lava Jato, da Polícia Federal, desencadeada na primeira quinzena de novembro e que prendeu executivos de várias construtoras, como Camargo Corrêa, OAS, Mendes Júnior, UTC, Engevix, Iesa, Galvão Engenharia e Queiroz Galvão.
Sem crédito no mercado e com o caixa debilitado pela falta de pagamento da estatal, que também não tem reconhecido aditivos bilionários das contratadas, as construtoras começaram a atrasar salários e a demitir. A campeã de desligamentos é a Alumini (ex-Alusa), que pediu recuperação judicial na quinta-feira.
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