"Não acho que seja culpa da igreja, porque neste caso, essa igreja é um comércio. O problema é nossa lei", disse
Da Redação
Leão Lobo desabafou após ser demitido da CNT pelo fato de a Igreja Universal do Reino de Deus ter adquirido 22 horas da programação da emissora.
"Com o fim da CNT, fiquei desempregado. Estava lá há cinco anos, super tranquilo. Essa foi a terceira vez que os evangélicos cruzaram o meu caminho e acabam com o meu trabalho. A primeira foi na Rede Mulher, que eles chegaram, compraram e foram demitindo todos. Depois fui para a Rádio Record, que era deles, e um belo dia disseram que meu programa estava acabado. Eles estão fechando o cerco, estão em todos os lugares, só restam o SBT e a Globo. A comunicação e o pensamento estão correndo um sério risco com eles", disparou ao jornal "O Dia".
Indignado, o jornalista afirmou ainda que pretende fazer algo a respeito da situação.
"Não acho que seja culpa da igreja, porque neste caso, essa igreja é um comércio. O problema é nossa lei, que diz que as emissoras só precisam ter duas horas de programação própria. É um absurdo isso. Estou sinceramente pensando em unir meus amigos apresentadores, radialistas e funcionários de TV e rádio e fazer um movimento contra essa bancada evangélica, que é imensa e dominante no governo. É ruim não só para nós que trabalhamos, mas para o brasileiro todo. Quando se vende 22h da programação, como foi o caso, a informação e a diversão, tudo fica comprometido", argumentou.
Apresentador Leão Lobo (Foto: Ag. News)
Reportagem iBahia
Demitido, Leão Lobo faz desabafo sobre evangélicos: "acabaram com meu trabalho"
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