quarta-feira, 28 de maio de 2014

Salvador vive terceiro dia de paralisação dos rodoviários

Pontos lotados e apenas micro-ônibus e mototáxis nas ruas
Gil Santos (redacao@correio24horas.com.br)

No terceiro dia em que os rodoviários paralisaram as atividades, os soteropolitanos também não encontraram ônibus nas ruas na manhã desta quarta-feira (28). A cena se repetiu: pontos lotados e a população tendo de pegar micro-ônibus, mototáxis e vans do sistema alternativo para chegar ao destino.

A população diverge sobre os culpados pelo problema. Para o comerciante Antônio Oliveira, a culpa era dos sindicalistas. “Eles fazem os acordos escondidos e depois querem que a categoria aceite. Eu entendo os rodoviários. O sindicato é o culpado por essa situação”, disse. 

O coordenador de qualidade Thiago Sales discorda. Para ele, os responsáveis são os rodoviários. “Entendo as necessidades da categoria, mas a reivindicação está sendo feita de maneira errada. Eles abandonaram a população na rua”, apontou. Houve quem culpasse também os órgãos públicos. “A culpa é da prefeitura, que não disponibilizou mais ônibus para nos atender”, afirmou a doméstica Aline Souza. 



Ônibus não rodaram nesta terça-feira (Foto: Almiro Lopes)


Em nota, a prefeitura informou que 300 ônibus do sistema complementar circularam na cidade “dentro do plano de contingência estabelecido”. A lacuna deixada pelos ônibus do sistema convencional abre margem para a intensificação de outros serviços, como taxistas, mototaxistas e transportes clandestinos.

A Justiça determinou multa de R$ 100 mil para cada dia em que menos de 70% da frota circule nos horários de pico. Ainda assim, a instituição decidiu por manter a greve. Nesta quinta, será julgado o dissídio que vai determinar os ganhos da categoria.

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