Campeão da Libertadores de 2013, Galo não consegue segundo gol e tem a rede balançada em lance duvidoso. Time colombiano pega o Defensor
O Atlético-MG lutou pelo segundo gol, que lhe daria a vaga sem disputa por pênaltis. Mas foi castigado no fim, em contra-ataque. Duque marcou.
Tardelli disse que as trocas não funcionaram e que Levir deveria ser questionado. O técnico, em resposta, disse que o atacante vem tendo más atuações.
O Galo teve seis conclusões na direção do gol e seis para fora. O Nacional teve cinco certas e três erradas. Os números são do site da Conmebol.
A história de 2013 não se repetiu. A missão de superar a desvantagem da partida de ida, o sufoco, a pressão da torcida e a emoção de sobra estiveram presentes no Independência nesta quinta-feira. Mas desta vez o torcedor não deixou a arquibancada com um sentimento de alívio e alegria. O Atlético-MG lutou, saiu na frente contra o Nacional de Medelim, com gol de Fernandinho, mas levou o empate no fim da partida - Duque estava impedido por centímetros . O 1 a 1 elimina o Galo, derrotado na Colômbia por 1 a 0.
As quartas de final da Taça Libertadores terão apenas um brasileiro, o Cruzeiro, fato que só havia acontecido em 2011 neste século - na ocasião, o Santos foi o representante solitário. Há ainda três argentinos (San Lorenzo, Lanús e Arsenal de Sarandí), um boliviano (Bolívar), um paraguaio (Nacional), além do colombiano Nacional e do uruguaio Defensor, que se enfrentam.
A eliminação do Galo gerou uma troca de farpas entre Tardelli, substituído por Guilherme, e o técnico Levir Culpi.
- Tomamos um gol no fim, mas a equipe lutou e fez um bom jogo. Infelizmente, acho que as mudanças não deram certo. Eu estava bem na partida, não entendi também por que ele fez a substituição. Mas faz parte. É bom entrevistar o treinador, para ele explicar - afirmou o atacante ao canal Fox Sports.
Levir, em sua entrevista coletiva, disse que desde sua chegada não viu Tardelli atuar bem ou finalizar uma vez a gol.
Victor fez boa partida, mas não evitou passe que resultou no gol de empate (Foto: AFP)
Pressão no começo
A postura do Atlético-MG de imprimir ritmo e acuar o adversário, como foi em toda a campanha da conquista da Libertadores de 2013, esteve de volta. O que se viu na primeira etapa foi um time diferente do restante deste primeiro semestre, com velocidade e vontade de ganhar cada disputa de bola. O Galo, apoiado pela torcida, pressionava a saída de bola colombiana e não dava espaço para as principais armas do time de Medelim, como Cardona, Cárdenas e Valência.
E foi com Fernandinho que o time soltou o grito de gol, aos 19 minutos. O atacante, que ficou 19 jogos em jejum, desencantou no último domingo, contra o Grêmio, e voltou a comemorar. Foi com um chute forte, que morreu no canto esquerdo de Armani.
Luta sem sucesso
Na segunda etapa, o jogo ficou mais equilibrado, com o time colombiano saindo mais para o ataque e incomodando a defesa alvinegra em certos momentos. Na chance mais perigosa, Cárdenas, o carrasco do primeiro jogo, saiu cara a cara com Victor, mas o goleiro fez defesa espetacular.
Levir Culpi tentou fazer com que o Galo se mantivesse no ataque e tentasse a vaga sem a disputa por pênaltis. Colocou Réver, Guilherme e Marion nos lugares de Pierre, Tardelli e Fernandinho, respectivamente. O time seguia pressionando, mas esbarrava na falta de pontaria e na defesa colombiana.
Aos 42 minutos do segundo, veio o balde de água fria. Um contra-atraque do Nacional terminou com passe de trivela de Cardona que Victor não conseguiu interceptar. Duque marcou e calou o Independência.
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