Conjunto de favelas teve tiroteios nos últimos dois dias, em diversos pontos.
Dois policiais ficaram feridos após confrontos com bandidos
Após 24 horas de tensão e confrontos entre policiais e bandidos no Conjunto de favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, o policiamento segue reforçado na estrada do Itararé, uma das principais vias da região. Homens do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais ajudam no patrulhamento. Blitz foram realizadas e, a todo momento, motociclistas e motoristas eram revistados. 200 PMs também reforçam o policiamento.
Nesta quinta-feira, como mostrou o RJ TV 2ª Edição, um PM foi resgatado após ter levado um tiro no maxilar quando realizava o patrulhamento na localidade conhecida como Largo do Mineiro.
O incidente aconteceu por volta das 8h30. O grupo atirou contra os policiais, e o PM foi atingido no rosto. Ele foi levado para o Hospital Getúlio Vargas, e não corre riscos. O agente foi um dos dois baleados na comunidade em menos de 24 horas. (Veja no vídeo acima, imagens do resgate).
O Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, diz que a polícia, mesmo com mais um agente ferido, "não irá desistir":
- Essa é a polícia que o rio de janeiro tem. É a polícia que a sociedade criou e que a gente tem obrigação de apoiar -, disse Beltrame.
Na noite de quarta-feira (30), um tiroteio deixou um policial do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) baleado, como mostrou o Bom Dia Rio. O soldado levou um tiro na perna enquanto patrulhava a favela Nova Brasília. Medicado, ele já recebeu alta.
O policiamento continuava reforçado também no Morro do Chapadão, onde ônibus foram incendiados na segunda-feira (28). Nesta quarta, as escolas municipais reabriram após os protestos, mas a frequência de alunos foi baixa. Outras unidades ficaram fechadas.
Upa do Alemão foi depredada (Foto: Arquivo pessoal)UPA foi depredada (Foto: Arquivo pessoal)
Ônibus queimados e UPA depredada
Quatro ônibus foram queimados na estrada do Itararé, em Bonsucesso, um dos acessos ao Alemão, na noite de segunda. Durante o confronto, criminosos invadiram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no local e a depredaram. Três pessoas foram detidas, acusadas de estarem com pedras na mão e de tentativa de depredação. Elas foram levadas à 45ª Delegacia de Polícia.
Idosa morta no domingo
Uma idosa foi baleada e morreu após tiroteio entre policiais e criminosos na favela Nova Brasília, na noite de domingo (27). Dalva Arlinda Beserra de Assis, de 72 anos, foi levada para ser socorrida na UPA, onde morreu.
Segundo a coordenadoria das UPPs, cerca de 50 moradores da comunidade interditaram a Estrada do Itararé, nos dois sentidos, em protesto, por volta das 20h30. O policiamento foi reforçado no entorno do Alemão.
A sede da UPP Nova Brasília foi atingida por tiros, após a morte da idosa. Também houve registro de tumulto, com policiais atirando balas de borracha contra os manifestantes.
O tiroteio aconteceu após a prisão de Ramires Roberto da Silva, de 20 anos, que era foragido da Justiça e um dos suspeitos de participação no assassinato da policial militar Alda Rafael Castilho, que era lotada na UPP Parque Proletário, e do subcomandante da UPP Vila Cruzeiro, tenente Leidson Acácio.
Ele foi preso na própria comunidade. O Disque-Denúncia oferecia R$ 3 mil como recompensa por informações que levassem a polícia até ele.
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