As duas seleções estão classificadas para as oitavas. Argentina passa com 100% de aproveitamento
Estadão Conteúdo
Correio da Bahia
(Fotos: AFP)
Na melhor apresentação da Argentina nesta Copa do Mundo, Lionel Messi marcou duas vezes nesta quarta-feira na vitória sobre a Nigéria por 3 a 2, em um estádio Beira-Rio vestido de azul e branco, em Porto Alegre, e garantiu aproveitamento 100% de sua seleção, terminando na primeira colocação no Grupo F.
Apesar da derrota, o time africano também avançou às oitavas de final. A Argentina terminou a primeira fase da Copa com nove pontos, repetindo a sequência vitoriosa de Colômbia e Holanda, à frente da segunda colocada Nigéria, que ficou com quatro.
A Bósnia-Herzegovina ficou com três, ao vencer por 3 a 1 o Irã, que terminou com apenas um ponto. Com os dois gols desta quarta, Messi acumula quatro, empatando com Neymar na briga pela artilharia. Ele também foi o primeiro jogador da sua seleção a marcar quatro gols seguidos - um na estreia, outro no segundo jogo e dois contra a Nigéria - desde Diego Maradona, em 1986.
Além da exibição do craque, os cerca de 20 mil argentinos que compareceram ao Beira-Rio puderam assistir a um jogo eletrizante, principalmente no início dos dois tempos. Foram dois gols no começo de cada etapa e bons lances ofensivos dos dois lados.
Em festa no Beira-Rio, a empolgada torcida argentina contribuiu para pintar de azul e branco o reduto vermelho do Internacional, que teve que aceitar as cores do arquirrival Grêmio dominando nas arquibancadas do seu estádio.
(Fotos: AFP)
O JOGO
Até o apito inicial no Beira-Rio, Enyeama era o único goleiro a não levar gol nesta Copa. A série positiva do nigeriano não resistiu a dois minutos contra Messi. O argentino abriu o placar após jogada inusitada, em que Di María bateu da esquerda e viu a bola acertar o pé da trave e voltar nas costas de Enyema.
Na sobra, o craque do time não perdoou e fuzilou, da marca do pênalti. Parecia o prenúncio de uma vitória arrasadora. Não fosse o passe de Babatunde para Musa, que bateu forte da esquerda e venceu o goleiro Romero.
Aos 3 minutos, Nigéria e Argentina já empatavam em 1 a 1. Resultado que favorecia as duas equipes: os argentinos terminavam na liderança e os nigerianos se garantiam nas oitavas de final. Mas, por causa do risco da derrota, que poderia prejudicar as duas equipes, nigerianos e argentinos foram para o ataque, ainda que sem o mesmo ímpeto do início. Higuaín levou perigo duas vezes pela esquerda.
Di Maria arriscou tabelas e finalizações pelo mesmo lado, também sem sucesso. Aos 35 minutos, o ataque argentino sofreu uma baixa. Agüero reclamou de dores musculares e foi substituído por Lavezzi, desfalcando o “quarteto mágico” da Argentina, que ainda não correspondeu por completo às expectativas nesta Copa. E, como nas partidas anteriores, o quarteto foi salvo novamente por Messi.
O ídolo do Barcelona precisou de duas cobranças de falta praticamente idênticas para deixar a Argentina novamente na frente. Na primeira, ele bateu no ângulo e viu Enyema saltar para fazer grande defesa aos 43.
Dois minutos depois, Messi finalizou do mesmo ponto, no mesmo ângulo, no lado direito do ataque. E, desta vez, o goleiro nigerino nem foi na bola. Foi o quarto gol de Messi na Copa. O segundo tempo repetiu o roteiro do primeiro, com dois gols logo no início.
O cronômetro registrava apenas um minuto quando Musa tabelou com Emenike na entrada da área e empatou a partida. Sem dar sossego à defesa nigeriana, a Argentina retomou a dianteira com escanteio de Lavezzi e finalização de Rojo, de joelho, dentro da pequena área. O lateral marcou seu primeiro gol pela seleção.
O terceiro gol deu confiança a Alejandro Sabella. O técnico sacou Messi por precaução, aos 17 minutos, e concentrou o ataque no veloz Lavezzi e no discreto Higuaín. Di María era o principal articulador, com tentativas de tabela e finalizações de longa distância. Mas o ritmo caía gradualmente no ataque, enquanto que a Nigéria seguia levando perigo à defesa argentina.
Musa, aos 33, e Ambrose, aos 41 minutos, quase buscaram o empate. No final, até os africanos tiraram o pé, tranquilos com a derrota em razão da vitória da Bósnia-Herzegovina que tirava o Irã da disputa pelo segundo lugar do Grupo F.
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