terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Ladrões armados assaltam velório de aposentado em Amélia Rodrigues

Os três entraram na casa com as armas em punho. De acordo com Roqueline foi um momento de pânico
Da Redação (redacao@correio24hroas.com.br)




Bandidos armados assaltaram um velório na madrugada desta terça-feira (23) em Amélia Rodrigues, a cerca de 80 km de Salvador. Os três ladrões estavam armados e interromperam o velório do aposentado Redilzo Dias Ferreira, 78 anos, que acontecia na casa da família no centro da cidade. Mais de quarenta pessoas estavam no momento, por volta das 2h30, quando o trio invadiu a casa.

Segundo a sobrinha de Redilzo, Roqueline Teixeira, cerca de 20 pessoas estavam na porta da casa quando viram o trio passando pelas ruas em frente. "Achamos estranhos aqueles homens passando naquela hora, de boné. Ficamos apreensivos. E logo depois eles voltaram em nossa direção. Todo mundo correu", afirmou ao Correio24horas.

Os três entraram na casa com as armas em punho. De acordo com Roqueline foi um momento de pânico. "Entramos correndo, teve gente se jogando embaixo de cama, se escondendo atrás da tampa do caixão. Eu fui para o banheiro. Minha comadre, que é filha do meu tio que faleceu, disse 'Tenham calma, o que vocês querem?' E eles: 'celular, celular", conta Roqueline.

Um dos homens tentou entrar em um quarto, mas a filha de Redilzo disse que só tinha crianças ali e pediu que eles não abrissem a porta. "Eles então roubaram três celulares e um relógio. E isso com a arma apontada para a cabeça do rapaz que tentou fechar o portão quando eles entraram".

Fugiram andando
Depois do crime, os ladrões foram embora andando. Segundo Roqueline, ninguém atendeu na delegacia e então alguns dos homens que estavam no velório foram até lá. "Disseram que só tinha uma viatura e com certeza não dava mais tempo para alcançar. Acho que depois se envergonharam da resposta e vieram. Bem devagar". A viatura fez buscas mas não localizou nenhum dos suspeitos.

A testemunha diz que os três estavam com o rosto à mostra e não pareciam ser da cidade. Eram muito jovens e estavam tão nervosos que chegavam a tremer, denunciando a inexperiência. Apesar disso, não chegaram a disparar e ninguém ficou ferido.

Nenhuma das vítimas prestou queixa. "Foi um trauma muito grande. Iam prestar queixa, mas já está todo mundo abalado (com a morte). Ninguém tem cabeça", diz a sobrinha. O corpo de Redilzo foi sepultado no cemitério da cidade às 9h de hoje.

Na delegacia da cidade, o investigador Peixinho diz que ainda estão aguardando a queixa ser prestada. Ele diz ainda que ontem foram liberados com saída temporária de final de ano cerca de 150 presos na região de Feira de Santana.

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