domingo, 23 de fevereiro de 2014

BOTAFOGO DECIDE NO PRIMEIRO TEMPO E DERRUBA INVENCIBILIDADE DO PALMEIRAS

Time de Ribeirão Preto domina adversário e vence por 3 a 1 neste domingo, no interior. Verdão perde cabeça, e Bruno César é expulso
por GloboEsporte.com Com tantas mudanças e uma impaciência incomum no segundo tempo, não chega a ser uma surpresa a quebra da série positiva do Palmeiras no Campeonato Paulista. O bom time do Botafogo-SP foi o responsável por derrubar o último invicto da competição ao vencê-lo por 3 a 1, na noite deste domingo, em Ribeirão Preto. Mérito para o time treinado por Wagner Lopes, com alguma contribuição de Gilson Kleina e seus comandados. O time do interior recebeu bom público no dividido Estádio Santa Cruz – 16.373 pagantes. Sem Leandro e Alan Kardec no ataque, Kleina fez escolhas erradas e teve de corrigir no segundo tempo, quando o Botafogo já tinha vantagem e se fechou no campo de defesa. No meio-campo, Eguren e França se perderam na marcação. Bruno César, que entrou no segundo tempo, perdeu a cabeça e foi expulso. A vitória levou o Botafogo aos 19 pontos, de volta à liderança do Grupo B. O Palmeiras permanece com 23, ainda tranquilo na ponta do Grupo D. Na próxima rodada, o Verdão recebe o São Bernardo na quinta-feira, às 19h30m (horário de Brasília), no Pacaembu. O Botafogo terá mais um jogo em casa: sábado, às 18h30m, contra o Penapolense. Botinha faz sua parte As modificações feitas por Gilson Kleina custaram caro ao Palmeiras, que não se acertou em momento algum e viu um Botafogo inspirado – e bem armado – dominar a partida sem grande esforço. Sem Leandro e Alan Kardec no ataque, o Verdão apostou em Miguel, formado na base e encostado há algum tempo no elenco. O centroavante mal pegou na bola, assim como Valdivia, Marquinhos Gabriel e Mendieta. O Botafogo teve o que o remontado Palmeiras não tinha condições de apresentar neste domingo: entrosamento, jogadas quase automáticas e um toque de bola rápido. Pressionando o rival no seu campo de defesa, o time de Ribeirão Preto encontrou os gols. Eguren e França, muito distantes, deixaram caminho aberto para os bons Wellington Bruno e Camilo. Aos 20, uma roubada de bola na zona intermediária terminou em gol de Mike. Aos 33, novo desarme terminou nos pés de Camilo, que chutou sem chances para Fernando Prass. Entre os dois gols do Botafogo, um pênalti duvidoso marcado pelo árbitro Robério Pereira Pires foi o que o Palmeiras teve de melhor. Valdivia fez o gol alviverde. William Matheus, jovem lateral-esquerdo, foi a representação da falta de sintonia no Palmeiras. Perdeu para Mike no primeiro gol, foi o jogador desarmado no segundo, e fez um pênalti – bem duvidoso, é verdade – que originou o terceiro gol botafoguense, aos 39, em cobrança de Marcelo Macedo. Impaciência verde O Botafogo quis amarrar o jogo no segundo tempo, já satisfeito com o resultado. Conseguiu a ponto de o Palmeiras, mesmo com mudanças, ter dificuldades para se infiltrar na defesa rival. Bruno César e Vinícius substituíram Marquinhos Gabriel e Miguel, mas não acrescentaram nada importante. Muitas trocas e erros de passes, poucas chances reais de gol. O Palmeiras 2014 se acostumou a jogos difíceis, mas não a um em que o rival parecia dominar completamente. Aos poucos, os alviverdes se irritaram. Animada, a torcida do Botafogo gritou “olé” na primeira troca de passes mais longa e ainda viu o rival Comercial perder para a Portuguesa e se complicar na luta contra o rebaixamento. Símbolo da impaciência, Bruno César perdeu a cabeça e reclamou demais da arbitragem. De tanto insistir nas queixas, acabou expulso. Com dez em campo, o Verdão não teve mais chances de buscar o resultado. O time continua na liderança de seu grupo e bem perto da classificação, mas a primeira derrota em 2014 pode, e deve, ensinar muitas lições.

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