sábado, 22 de fevereiro de 2014
Mistão do Grêmio joga fácil na Arena e atropela o Novo Hamburgo: 3 a 0
Em time cheio de caras novas, como o atacante Dudu e o zagueiro Geromel, Tricolor tem boa atuação e agora volta foco para confronto de terça-feira, pela Libertadores
Barcos comemora mais um gol nesse início de ano
(Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
O Grêmio começou a pensar cedo na Libertadores. Nem precisou esperar acabar o jogo contra o Novo Hamburgo, neste sábado, na Arena, pela décima rodada do Gauchão. Aos dez minutos, já vencia por dois gols - e fechou com sossegado 3 a 0. Que deixa, certamente, Enderson Moreira e os torcedores ainda mais confiantes para o objetivo maior, o confronto de terça, diante do Nacional de Medellín, pelo torneio continental, também na casa tricolor. Até porSeis titulares não atuaram - entre eles, Rhodolfo, suspenso -, abrindo brechas para a estreia de Pedro Geromel, nova chance a Alan Ruiz e a primeira vez como titular do atacante Dudu. O trio mais visado comprovou as expectativas e mostrou bom futebol. O gol inaugural, no entanto, foi do velho conhecido Barcos, de pênalti, seu sexto gol em sete partidas no ano. Seria do argentino o lançamento primoroso para Dudu ampliar. E, claro, não poderia faltar o toque refinado da promessa (ou realidade?) Luan para deixar Barcos sem goleiro e fechar o placar.
Agora, tudo é Libertadores. Na terça-feira, novamente na Arena, o Grêmio recebe o Atlético Nacional de Medellín, em confronto que vale a liderança do Grupo 6, uma vez que ambos venceram na primeira rodada seus rivais, Nacional-URU e Newell's Old Boys, respectivamente. O Gauchão retorna ao horizonte tricolor no sábado, quando visita o São Paulo-RS, no Aldo Dapuzzo. Mesmo dia em que o Novo Hamburgo, 11 pontos na chave, desafia o São Luiz, em Ijuí.
Grêmio bate Novo Hamburgo sem dificulades (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Massacre em dez minutos
O Novo Hamburgo parecia pressentir as dificuldades no gramado da Arena. Tanto que demorou para entrar. Precisou ser chamado pelo trio de arbitragem, ingressando no campo na hora marcada para o confronto. O Grêmio, tranquilo, já estava à espera do rival. Porque sabia que seu time misto em nada tinha de inferior. Pelo contrário. Sobravam atrações. Pedro Geromel, zagueiro brasileiro ainda desconhecido, carreira feita na Europa, enfim fazia sua estreia. O último reforço, Dudu, começava uma partida pela primeira vez. Sem contar o argentino Alan Ruiz, ainda de poucas participações, que sempre desperta a curiosidade dos gremistas.
Que fizeram valer o ingresso - 9.978 estiveram nas cadeiras, com 6.761 pagantes. Em dez minutos, dois gols. Aos sete minutos, o estreante Geromel fora derrubado por Alberto na área. Pênalti convertido por... Barcos, sempre ele. Um centroavante que também sabe ser garçom. Aos dez, deu belo lançamento para outra cara nova se destacar. Dudu desviou do goleiro e comemorou o seu primeiro gol com a camisa do Grêmio.
Luan comanda passeio e brinda Pirata
O passeio prosseguiu, está certo que num ritmo bem mais lento. Com o placar aninhado em seu colo, o Grêmio tratou de valorizar a posse de bola. E abusar das tabelas. Como num treino de luxo para a Libertadores. Dos pés do trio de meio-campistas Dudu, Alan Ruiz e Luan saíram passes precisos, de alguma beleza. E objetividade. O argentino arriscou a gol, sem sucesso. Depois, Dudu acionou Barcos, que, num giro veloz, obrigou Max a espalmar a escanteio. O Novo Hamburgo resolveu jogar a partir dos 30 minutos. Logo depois disso, Marcelo Grohe precisou entrar em cena ao rebater chute à queima-roupa de Jonatas Beluso. Aos 35, em cobrança de falta, Alberto não acertou o ângulo por centímetros.
- É bom retornar poder jogar novamente, é o que gostamos de fazer - celebrou Grohe, que esteve fora das duas últimas partidas por dores no tornozelo esquerdo.
Quem gostou mesmo foi a torcida. Que pôde ver, no segundo tempo, uma atuação que chegou a empolgar. Toques envolventes, passes de calcanhar, lances de efeito. Que, novamente, não deixaram de ser precisos. Porque foi assim, com plástica, que o Grêmio alcançou o 3 a 0. Aos nove minutos, após receber de Barcos, Luan se desvencilha de um zagueiro e do goleiro, em drible malandro, daqueles de futebol de salão. Também venceu a batalha com a linha de fundo. Ao evitar a saída, viu Barcos sozinho na pequena área. O Pirata só encostou para as redes. Sétimo gol do centroavante, artilheiro isolado do Gauchão.
Aos 18, Luan viveu momento mais sublime. E sem fazer nada. Ou melhor, ele já havia feito tudo em campo. Foi aplaudido de pé por toda a Arena ao dar lugar a Maxi Rodríguez. O jogo poderia ter terminado ali. Um final perfeito. Mas terminaria mais adiante, sem mudança no placar. O ânimo do gremista para a Libertadores, no entanto, não poderia estar mais modificado. E para melhor.
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